Na quinta-feira, 19 de setembro, acontecerá o V Seminário Regional de Combate a Violência Contra as Mulheres. As atividades serão desenvolvidas durante o dia todo, das 8h30 às 17h, no Centro Universitário Vale do Iguaçu (Uniguaçu).
O foco desta edição do Seminário é ‘Mulheres, impacto e organização e o papel da juventude no enfrentamento às violências’. Os participantes ganharão certificado de dez horas complementares e a inscrição, que é gratuita, pode ser feita pelo site da Uniguaçu.
O evento é organizado pelo Instituto Rosas do Contestado e pelo Coletivo Mais que Amélias. Segundo Thays Bieberbach, historiadora e representante de ambas organizações, o evento dá a oportunidade para entidades, instituições e também para o poder público debater o problema cultural da violência contra a mulher e, assim, pensar em alternativas para mudar essa realidade.
O Paraná é o terceiro estado onde se mais mata mulheres por questão de gênero no Brasil, segundo levantamento de 2015 feito pelo Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea). Na região, os números também são alarmantes. “União da Vitória e toda a nossa comarca, que abrange também General Carneiro, Paula Freitas, Bituruna, Porto Vitória e Cruz Machado, apresenta dados altíssimos de violência contra as mulheres”, explica Thays.
A novidade da quinta edição do Seminário são as oito oficinas, que acontecerão no período matutino. “Acreditamos que as oficinas aprofundam um pouco mais temas que muitas vezes ainda não são discutidos em diversos ambientes, como por exemplo a imposição da masculinidade, gênero e diversidade”. As inscrições para as oficinas podem ser feitas na hora.
Thays relembra a frase de Audre Lorde, escritora ativista do movimento feminista: “Não sou livre enquanto outra mulher for prisioneira, mesmo que as correntes dela sejam diferentes das minhas” e ressalta que o convite é a para a comunidade em geral que se interesse em discutir o assunto. “Convido todas e todos para juntos pensarmos em alternativas. Tudo isso só será possível com o trabalho coletivo”, finaliza Thays.
Programação
Das 8h30 às 10h, o evento oferece as seguintes oficinas para os participantes:
- Defesa Pessoal – Proponente: Jorge Skowronski
- Gênero e diversidade – Proponente: Coletivo Mais que Amélias
- Relação campo/cidade, o papel da mulher na construção da agroecologia como alternativa ao sistema convencional de produção da vida – Proponente: Coletivo Popular de Bituruna
- Violência contra as mulheres: Projetos e alternativas no norte catarinense – Proponente: Instituto Inspiração e Associação Maria Rosa – Caçador/SC
- Violência doméstica na infância, juventude e adolescência – Proponente: Cejusc e Núcleo regional de Educação
- Refletindo sobre a imposição da masculinidade. O que é ser homem? – Proponente: Emannuel Lucas Kochan
- Epistemicídio e resistência: Ressignificando a história das mulheres negras no Brasil – Proponente: Coletivo Mais que Amélias
- Coração Ferido, as mulheres que correm com os lobos e a violência doméstica – Proponente: Rosana Ehlke Vistuba
Das 10h30 às 12h, acontece o Fórum de Políticas Públicas, que irá debater os projetos existentes para combater a violência contra mulheres, crianças e adolescentes, as dificuldades encontradas na implementação e a importância do trabalho coletivo.
No período da tarde, acontece a mesa redonda sobre Mulheres, Impactos e Organização, das 13h30 às 17h, horário de encerramento do evento.
A mesa redonda terá como participantes a advogada Camila Salvatti, a psicóloga e pedagoga Célia Ratusniak, a agricultora familiar Filomena Schlegel Zamboni e Thays Bieberbach, professora de História e representante do INROC e do Conjunto Mais que Amélias. Como representantes do poder público, participarão Cristina Silvestri, Deputada estadual do Paraná e Luciane Carminatti, Deputada Estadual de Santa Catarina.
Serviço
- O quê – V Seminário Regional de Combate a Violência Contra as Mulheres
- Quando – 19 de setembro, quinta-feira
- Onde – Centro Universitário Vale do Iguaçu (Uniguaçu)
- Quanto – Gratuito
- Inscrições – Site de Eventos da Uniguaçu
- Certificação – 10 horas complementares