Você pode ajudar o Kauã a ouvir

Campanha arrecada recursos para tratamento auditivo de menino de três anos

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Atualizado há 2 anos

Para a maioria da mães, o bem estar de um filho vem sempre em primeiro lugar. E isso, não é diferente para a Silvana Ecks, mãe do pequeno Kauã Henrique Maia Ecks.

O menino hoje com três anos, precisa realizar um implante coclear, em seus dois ouvidos. A falta de audição foi diagnosticada quando Kauã estava próximo de completar dois anos de idade, em 2021.

De lá para cá uma corrida contra o tempo teve início.

Exames, consultas, rifas, e muito dinheiro para o tratamento, que também pode ser custeado pelo Sistema Único de Saúde, o SUS, só que a fila de espera é grande e interminável.

Prazos para o tratamento foram estabelecidos, e a saúde auditiva do Kauã depende disso.

Silvana conta que hoje, o filho consegue ouvir apenas zumbidos, e o único aparelho que ele tem foi doado.

O diagnostico aconteceu tardiamente, já que nos exames iniciais pós nascimento foram incompletos. A perda de audição é bilateral e severa, por isso cada segundo nesta corrida conta, e muito.

Mas, como uma mãe nota tudo, desde uma unha quebrada, até as diferenças do dia a dia, o grande ponto de interrogação chegou quando o pequeno tinha dificuldades para ouvir o desenho no celular, ele falava poucas palavras e também não prestava atenção quando o chamavam, foi ai que um pontinho de interrogação se instalou no coração de Silvana.

A corrida para descobrir o que estava de errado com a criança começou. Exames e mais exames, encaminhamento do garoto para Curitiba, com especialistas. Até que o diagnostico chegou, Kauã tinha sim, perda auditiva bilateral severa.

Hoje Kauã e seu aparelho doado, realizam acompanhamento fonoaudiólogico particular uma vez por semana. Vale mencionar, que o tratamento pelo SUS é uma vez ao mês, o restante a família arca com as custos e leva o menino a esse profissional.

O tratamento correto exigiria que o atendimento fosse diário.

Além disso, por sete meses, Kauã precisa utilizar um tipo de aparelho especifico, esse fornecido pelo SUS, e deve ter início ainda em agosto. Depois desse período, se o tratamento for de sucesso, ele não precisa passar pelo implante coclear, se não surtir o efeito esperado, a cirurgia precisará ser feita.

Também existe o procedimento pelo SUS, mas a fila é longa, e existe um prazo de idade para o sucesso do tratamento, até o quarto ano de vida do paciente. Kauã ainda tem três anos.

Silvana acredita na força divina. “Se Deus quiser ele não vai precisar do implante, eu acredito”. Mas até lá, são longos sete meses de tratamentos e viagens. Por isso, a união de esforços, e a campanha “Ouvindo com Kauã”.

Se for preciso fazer o implante, os custos chegam a R$98 mil, segundo levantamento feito no inicio deste ano.

Uma conta no Instagram conta passo a passo do tratamento.

Quer ajudar? Um pix já foi disponibilizado pela família, e durante a Quermesse da União neste final de semana que acontece em União da Vitória, o valor arrecadado em uma das barraquinhas vai ser revertido ao tratamento, e no dia 09 de julho, está sendo organizado um bazar para arrecadar fundos para o tratamento do menino.

Implante coclear

O implante coclear, popularmente conhecido como ouvido biônico, é um dispositivo implantável de alta complexidade tecnológica, que é utilizado para restaurar a função da audição nos pacientes portadores de deficiência auditiva profunda que não se beneficiam do uso de aparelhos auditivos convencionais.

É um equipamento eletrônico computadorizado muito sofisticado, que substitui totalmente o ouvido de pessoas que tem deficiência auditiva severa para profunda ou profunda. O implante estimula diretamente o nervo auditivo através de pequenos eletrodos que são colocados dentro da cóclea e o nervo leva estes sinais para o cérebro.

O IC consiste de uma unidade interna – que é implantada durante a cirurgia (b) – e uma unidade externa, conhecida como o processador de fala, (a), que se parece com um aparelho auditivo, mas  tem a função de captar os estímulos sonoros e os encaminha-los decodificados à unidade interna através de uma antena imantada.

A unidade interna é dotada de um receptor que capta os estímulos transmitidos pelo processador através da pele. Essa informação é então encaminhada ao feixe de eletrodos (c), um fino cabo cuja extremidade é inserida dentro da cóclea, próximo ao nervo auditivo (d) a ser estimulado.

A unidade interna é implantada cirurgicamente dentro o ouvido do paciente. Possui um feixe de eletrodos que será posicionado dentro da cóclea (órgão da audição com formato de caracol). Este feixe de eletrodos se conecta a um receptor (decodificador) que ficará localizado na região atrás da orelha, implantado por baixo da pele. Junto ao receptor fica a antena e o imã que servem para fixar a unidade externa e captar os sinais elétricos.

Implante Coclear (Foto: site Direito de Ouvir)

A unidade externa é constituída por um processador de fala, uma antena transmissora e um microfone. A unidade externa é a parte do implante que fica aparente e pode ser de dois tipos: retroauricular ou tipo caixa. A antena transmissora possui um imã que serve para fixá-lo magneticamente junto a antena da unidade interna ( que também possui um imã).

O paciente candidato ao implante coclear é aquele que possui surdez severa a profunda bilateral, que fez uso de prótese auditiva, mas não obteve resposta satisfatória (resultados mínimos satisfatórios.

Reprodução Internet