Uma das principais rodovias de Santa Catarina nasce em Porto União. Trata-se da BR 280, que passa por dentro do bairro São Pedro, parte do Santa Rosa e serve como um corredor rodoviário, até o litoral do Estado.
Para chegar à Área Industrial da cidade, é preciso usar parte do trecho. Por conta da demanda e do fluxo, um trevo foi construído no acesso ao endereço. Ele foi inaugurado há pouco tempo e já apresenta problemas. O assunto foi debatido na sessão da semana passada da Câmara de Vereadores, onde os parlamentares cobraram um posicionamento dos técnicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
A obra, federal, deve ser corrigida nos próximos dias. Conforme o vice-prefeito, Percy Storck, o trevo é algo modesto, mas importante para a região. “A empresa está ciente e fará recomposição de alguns pontos. Pedimos paciência e respeito à velocidade para o local”, disse.
Contorno
Por conta de toda a demanda da 280 e de sua localização em um ambiente urbano, as prefeituras de Porto União e União da Vitória, estudam, já há algum tempo, a construção de um contorno alternativo, que desviaria todo o trânsito pesado dos bairros, onde a rodovia passa.
Essa união, de cidades e estados, tem justificativa: como já mostrou O Comércio em 2017, em reportagem sobre o assunto, onde aproximadamente 40% da mão-de-obra da Área Industrial (em Porto União), vem de São Cristóvão (em União da Vitória). Um novo contorno poderia atender melhor essa população.
Em 2017, de acordo com a reportagem, a avenida João Pessoa, no São Pedro, é, há muitos anos, o percurso usado por caminhões, ‘cegonhas’, frotas inteiras que por ali, cruzam o coração da comunidade. O movimento é intenso, em praticamente todos os horários e dias da semana. Os moradores convivem com o fluxo e parecem estar acostumados com a barulheira dos motores e freios, bem como com à necessidade de esperar para cruzar a avenida, de sair da garagem com o carro.
Os moradores e comerciantes do trecho, se mostram favoráveis à construção de um desvio de rota, até porque, segundo eles, embora exista movimento, o uso dos serviços ao longo da João Pessoa é pouco expressivo.
Conforme os primeiros desenhos do projeto, esse anel de integração entre o Sul do Paraná e o Planalto Catarinense, uniria as rodovias 280, 476 e 153 (ambas, no Paraná). “Os governos têm interesse nessa malha e em Santa Catarina, o Dnit prevê orçamento para este tipo de projeto e nós vamos tentar buscar isso”, disse Storck na ocasião. Ao longo dessa rota, conforme o vice-prefeito, a intenção é a de criar anéis de desenvolvimento, o que facilitaria a ligação de regiões vizinhas, como as que ficam na SC 135.
No Legislativo
Os vereadores Sandro Calikoski (MDB) e Gildo Masselai (PSDB), levantaram o assunto do trevo e do acesso à Área Industrial da cidade. Conforme eles, o aparecimento dos buracos por lá, precisam ser explicados. “Mais uma obra malfeita, com má qualidade”, disparou Caliskoski. “Está na hora de fiscalizar isso tudo”. Masselai, que concordou com o colega parlamentar, endossou o pedido, recomendando o conserto do espaço, o mais breve possível.
NOTA DA REDAÇÃO
A reportagem esteve no local e percorreu o trecho todo, do portal da cidade até o início da Área Industrial. Contudo, nada expressivo foi notado. É possível que as falhas, sejam técnicas, e não apenas visuais.