PARQUE AMBIENTAL: Prefeitura busca recursos para concluir revitalização

Obras estão paradas por quase cinco anos

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Atualizado há 5 anos

Município afirma que quer os R$10 milhões que faltam para a implantação do parque (Foto: Jair Nunes).
Município afirma que quer os R$10 milhões que faltam para a implantação do parque
(Foto: Jair Nunes).

As obras de revitalização do Parque Linear de União da Vitória estão paradas há cinco anos. O Governo do Estado do Paraná, por meio da Companhia Paranaense de Energia – Copel, anunciou em 2013 que iria financiar a criação do Parque Caminhos do Iguaçu. O convênio chegou a ser assinado pelo então Governador Beto Richa no ano seguinte, em 2014.

A área destinada ao parque foi cedida (em 2014) pela Copel e margeia o reservatório da Usina Hidrelétrica Governador Bento Munhoz da Rocha Netto (Foz do Areia), na área urbana de União da Vitória.

O Parque

Pelo projeto original, o novo Parque Linear prevê uma área de 290 mil metros quadrados na margem direita do rio Iguaçu.

Uma faixa de 200 metros de largura receberia, ao longo de quatro quilômetros, obras de infraestrutura e paisagismo, espaços para atividades esportivas, lazer e recreação, ações culturais e de educação ambiental.

A primeira parte da obra no Parque Linear em União da Vitória foi concluída, na etapa entre as pontes Domício Scaramella e Manoel Ribas (dos Arcos). O espaço recebeu pista de bicicross, velocross, quadras de basquete, cancha de areia, pista de skate e até um mirante. Essa primeira etapa custou R$ 2,4 milhões, com recursos do Governo do Paraná.

As obras chegaram até o Parque Ambiental Ari Queiroz, mas não avançaram. Nessa etapa, O projeto previa pistas de caminhada e de skate, quiosques com churrasqueiras e academia ao ar livre.

Um deles é o Parque dos Tropeiros, que terá caráter histórico e cultural. Outro projeto é a instalação de um mirante próximo à ponte Manoel Ribas (Ponte do Arco), local turístico da cidade.

Falta de verba

O projeto do Parque Linear, em sua totalidade, estava orçado em R$ 13 milhões, com recursos do Governo do Estado a fundo perdido, ou seja, sem a necessidade da contrapartida da Prefeitura.

É o que se chama de verba carimbada, que não pode ser usada em outro projeto, a não ser o objeto do convênio, no caso o parque Linear. Dos 13 milhões, quase a totalidade, ou seja, R$ 10,6 milhões nunca foram aplicados e agora a Copel alega não ter verbas.

Parque Ari Queiroz

O parque ambiental Ary Queiroz que já foi local de convivência entre famílias e opção de lazer para a comunidade não é cercado e os portões foram roubados alguns anos atrás. Por várias vezes a prefeitura melhorou os quiosques, banheiros e as quadras de areia.

O parque também serve de moradia temporária para a comunidade de ciganos que tem a sua tradição de ser um povo nômade.

Por outro lado, o local ainda é procurado por pescadores de lambaris, que passam os dias na tentativa de pescar e revender os peixes que são um dos símbolos do Rio Iguaçu.

O que diz a prefeitura

O prefeito de União da Vitória, Santin Roveda, por meio da sua assessoria de imprensa, comunicou que está buscando junto à Copel, por meio do presidente da Companhia, Daniel Slavieiro, investimentos para o Parque Linear.

Já o Secretário de Planejamento da prefeitura, Clodoaldo Goetz, afirmou que o município vai iniciar tratativas com o Governo do Estado para garantir o investimento da implantação completa do Parque. “A Prefeitura já está tomando atitudes para melhorar a segurança e a conservação do parque, sinalização de observação da Lei do Silêncio, e implantação de portões de acesso, entre outras medidas”, disse.