Começam no fim de ano as obras de revitalização da avenida General Bormann, no centro de Porto União. Contudo, já circulam nas redes sociais da prefeitura, as imagens de como a rua ficará após sua conclusão. Foi sobre este novo projeto que o secretário de Administração da prefeitura, Ruan Wolf e a arquiteta também do órgão, Fabiana Weber, falaram em entrevista na manhã de segunda-feira, 19, na CBN Vale do Iguaçu.
Conforme eles, as obras preveem a pavimentação de toda a extensão da rua (são quase 600 metros), alem do alargamento dos canteiros centrais e criação de ciclovias nos dois sentidos. “Vai ficar um ponto muito bonito, vai trazer segurança e vamos trazer mais conforto para quem usa o Hospital São Braz. É um local histórico, mas as ambulâncias trepidavam muito, causando indisposição nos pacientes”, lembra Wolf. “E com as ciclovias, será mais uma alternativa na circulação da avenida”, completa Fabiana.
Com a pavimentação, essa nova opção de roteiro pode aliviar a rua Sete de Setembro, uma das principais ruas centrais de Porto União e que hoje, segundo Wolf, não comporta mais a frota local. Trata-se, garante ele, de um novo plano de mobilidade para a cidade. Isso, levando em conta os aspectos históricos do município, especialmente daquele trecho. Aliás, esse cunho foi um dos mais debatidos pela prefeitura e comunidade. “Entendemos isso, mas é importante priorizar a situação da cidade, porque serão apenas benefícios. Temos que evoluir juntos”, destacou a arquiteta. “Acreditamos que na verdade, com o asfalto, os pontos turísticos do centro terão ainda mais visitação”, completou o secretário da Administração.
Projeto prevê pavimentamos, alargamento das ilhas e criação de ciclovias (Fotos: Divulgação/Prefeitura).
Enquete
Terminou em março a enquete publicada nas contas da prefeitura de Porto União sobre as obras na General Bormann. Em pauta, esteve a pavimentação – ou não – dos 583 metros de extensão da via. A mobilização, até então inédita por parte da Administração, colheu a opinião da comunidade através da votação – e de um clique. A enquete ficou três semanas no ar e contou com a participação de 4.600 pessoas. Desse total, 88% optou pela pavimentação.
Antes de toda a intervenção, ações internas devem acontecer. Entre elas, a substituição da canalização de água, dos canteiros do meio da via (sem as pedras, e sim com grama), e a retirada de algumas árvores.
A participação popular também será cobrada. O calçamento de toda a extensão da avenida será em paver – algo que os moradores deverão executar.
Mapa
A avenida General Bormann é central, tem 583 metros de extensão e é bastante usada por quem vem dos bairros Santa Rosa e São Pedro, por exemplo. É nela também que está a Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos e da Fala (Apadaf), o Clube Aliança e o amplo, Colégio São José. Ficam próximo ainda, os movimentados Hospital São Braz, colégios Balduino Cardoso e Santos Anjos, além da igreja Matriz Nossa Senhora das Vitórias. A Coronel Borman é também uma rua residência, com casas e prédios em sua extensão. Diante de tanta importância, a decisão pelo asfaltamento foi compartilhada com a comunidade, através da consulta popular.
Quem foi?
Não há muitos registros locais sobre o General Bormann, que empresta seu nome à rua. Contudo, de acordo com o site do Instituto Histórico Geográfico Brasileiro, José Bernardino Bormann, teria sido um militar, político, historiador e biógrafo. Ele também teria fundado e comandado a Colônia Militar de Chapecó (PR). Ele faleceu em 1919.
Prazo
A intervenção deve começar apenas no final do ano, dependendo do tempo e do cronograma da secretaria de Obras, que vai ficar no local com praticamente toda sua estrutura