“O crime foi premeditado, foram 17 tiros a queima roupa”

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Atualizado há 2 meses

A família de José Eduardo Neres da Rocha convive com a saudade sem fim e aguarda por justiça.

O Portal Vvale mais uma vez visitou a família que continua morando no bairro Jardim Roseira em União da Vitória a uma quadra do local do crime que ocorreu em 27 de março de 2023 por volta das 10h.

“Eu sei o filho que eu tinha. Meu filho era trabalhador”, desabafa mais uma vez o pai da vítima, Sebastião Neres da Rocha.

Dona Alice e Seu Sebastião esperam por justiça

Desde aquele dia 27 já se passaram mais de 300 dias, e quem pensa que a saudade diminui, se engana, ela aumenta, doí, e hoje a família só espera que a justiça seja feita. “Nós queremos que o assassino vá a juri popular”.

Segundo a família, José sempre foi um bom garoto, esforçado, era um dos filhos mais novos do casal Sebastião e Alice. O casal é pai de cinco filhos.

No dia do crime, uma segunda-feira, dia do aniversário de União da Vitória José ficou em casa com o filho que na época estava com oito meses. Decidiu cortar o cabelo, avisou a mãe e saiu.

Dona Alice permaneceu em casa dobrando algumas roupas. De repente um disparo mudou o som do bairro.

“Quando eu escutei o primeiro tiro, eu saí gritando é o José Eduardo, quando estava lá fora escutei os outros disparos, uma atrás do outro. Eu senti no meu coração já no primeiro disparo que meu filho estava morto”, conta a mãe com lágrimas nos olhos.

José foi morto praticamente em frente a casa onde ele morava com a mãe do seu filho e ex do autor dos disparos. Segundo a família, o crime revelou os contornos de um relacionamento conturbado entre os envolvidos.

A família acredita que o crime foi premeditado, já que segundo eles, o autor dos disparos esteve no local no domingo dia 26, procurando por José.

“O crime foi premeditado, foram 17 tiros a queima roupa”, desabafa o irmão.

A expectativa da família é que com o julgamento marcado, o sofrimento amenize.

Todos os dias, seu Sebastião visita o cemitério. E lembra ainda o último pedido do filho, José queria ovos com cebola. “Foi a última coisa que ele me pediu”.

A família comenta que vive com a insegurança do que pode acontecer. “O assassino ainda está solto” frisa.

O julgamento ainda não foi marcado. Em dezembro uma primeira audiência sobre o caso aconteceu.

“Se existe lei, a justiça será feita”, finaliza o pai.