Indústria e agropecuária aumentam demanda por Engenheiros Ambientais

Região dos Campos Gerais conta com 498 Engenheiros Ambientais. No Paraná, são quase 1.500 profissionais

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Atualizado há 4 anos

(Foto: Reprodução).
(Foto: Reprodução).

Fundamental para a gestão de empreendimentos potencialmente poluidores, bem como para órgãos fiscalizadores e de planejamento de municípios, o Engenheiro Ambiental tem despertado cada vez mais a atenção das empresas. Com um mercado de trabalho considerado promissor, em função da atividade agropecuária e do crescimento do setor industrial, a região dos Campos Gerais conta atualmente 498 profissionais registrados junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), sendo que, deste total, 46 estão lotados em Ponta Grossa. Em todo o Estado são quase 1.500 profissionais.

Por ser uma profissão relativamente nova, com quase 20 anos de criação, um dos principais desafios é estabelecer o equilíbrio entre as atividades humanas e o meio ambiente. A Engenheira Ambiental Jerusa Tonete Felde, formada há três anos pela Universidade Estadual do Centro-Oeste, em Irati, conta que a escolha pela profissão é resultado da preocupação com os desastres ambientais, fruto, na maioria das vezes, da irresponsabilidade humana.

“É grande o número de empresas que preferem esperar uma autuação para só então ir atrás do processo de licenciamento ambiental”, comenta.

A demanda por profissionais da área, segundo ela, é cada vez maior em função da legislação, que está mais rígida, o que obriga empreendedores a assumirem a responsabilidade ambiental em seus negócios. Há três anos, ela atua em uma empresa especializada em Monitoramento de Emissões Atmosféricas e Consultoria Ambiental, para os setores da indústria, comércio e serviços.

Dentre os serviços mais demandados estão o monitoramento da qualidade do ar, de gases e material particulado total, além de planos de controle ambiental, planos de gerenciamento de resíduos sólidos, processos de licenciamento ambiental, monitoramento da qualidade da água para consumo humano e monitoramento de efluentes líquidos, entre outros.

Formada há quatro anos pelo Centro Universitário de União da Vitória (Univ), a Engenheira Ambiental Amanda Rerana relata que, diariamente, se depara com situações de interferência ambiental. “Equilibrar o desenvolvimento e preservar o ambiente é um grande desafio. O Engenheiro Ambiental está o tempo todo desenvolvendo habilidades e se aperfeiçoando para garantir a qualidade do meio ambiente e consequentemente da população”, reforça.

Para a Engenheira Ambiental Karoline Mello Milek, formada pela Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro), em 2017, a profissão apresenta potencial de crescimento em função da abrangência de atuação.

“A população tem desenvolvido a conscientização ambiental criando novos caminhos que favorecem a nossa consolidação dentro do mercado de trabalho”, explica.

Atuando como Analista Ambiental, em Pato Branco, ela acredita que o Engenheiro está cada vez mais preparado para o estudo e análise dos recursos, com o objetivo de promover o crescimento socioeconômico com qualidade e responsabilidade.

“Somos os únicos profissionais capazes de interligar as técnicas de engenharia com os aspectos naturais”, frisa.

ACSPEA

Com o objetivo de aproximar os Engenheiros Ambientais dos Conselhos de Classe e aumentar a representatividade dos profissionais, Ponta Grossa e região conta com a Associação Centro Sul Paranaense de Engenheiros Ambientais (ACSPEA). À frente das atividades está a Engenheira Ambiental Heloísa Pontarolo, que considera que a associação tem promovido a união dos profissionais, além de incentivar a participação em eventos, campanhas, cursos e promoções em prol da valorização da profissão.

 “Temos um mercado regional promissor, com profissionais abertos a novos desafios e que ocupam cargos em importantes empresas e órgãos públicos, cada vez mais preocupados e interessados em atender as legislações municipais, estaduais e federais”, completa.

Sobre o Crea PR

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), criado no ano de 1934, é uma autarquia responsável pela regulamentação e fiscalização dos profissionais da empresa das áreas da engenharia, agronomias e geociências. Além de regulamentar e fiscalizar, o Crea-PR também promove ações de atualização e valorização profissional por meio de termos de fomentos disponibilizados via Editais de Chamamento.

Informações para a imprensa:

ascompontagrossa@creapr.org.br

Patrícia Biazetto – (42) 9.8827-9194