Caíto aceita vice de Beto Richa

Decisão de Caíto afasta possibilidade de candidatura própria no PMDB e ainda a aliança com PT

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Atualizado há 10 anos

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Deputado Caíto Quintana (Foto/Assessoria)

O deputado Caíto Quintana (PMDB) confirmou nesta semana que aceita a indicação para ser candidato a vice-governador na chapa à reeleição do governador Beto Richa (PSDB). “Se indicarem o meu nome, vamos em frente”, disse Quintana. Para sua indicação, a aliança com os tucanos deve vencedora da convenção do PMDB em 20 de junho.

A confirmação de Caíto Quintana desarticula as pretensões do senador Roberto Requião, que pretendia disputar pela quarta vez o Palácio do Iguaçu. Quintana e a ala pró-Richa – formada por deputados estaduais, federais, prefeitos, vices-prefeitos e vereadores do PMDB – garante que tem mais de 50% dos 589 convencionais que definirão a participação do partido nas eleições de outubro.

Quintana afirmou que a tese da aliança com os tucanos fortalece o partido mais do que a candidatura própria. A avaliação é que se o PMDB entrar na disputa com um candidato próprio terá poucas chances de coligação e com isso elegerá menos deputados em outubro.  Quintana citou que a chapa de pré-candidatos à Assembleia Legislativa tem atualmente apenas 15 nomes.  “Com uma candidatura própria nós vamos reduzir pela metade a bancada. E cada candidato terá que fazer 70 mil votos”, comparou.

Deputados

No grupo de Quintana estão ainda os deputados Luiz Eduardo Cheida, Luiz Claudio Romanelli, Nereu Moura, Teruo Kato, Waldyr Pugliesi, Artagão Filho, Alexandre Curi, Jonas Guimarães, Stephanes Júnior, Ademir Bier e o deputado federal, Osmar Serraglio, presidente estadual do PMDB.

Ao indicar o candidato a vice-governador na chapa de Beto Richa, o PMDB irá participar diretamente do governo, ajudará a elaborar as políticas públicas do estado e ainda terá a oportunidade de lançar o candidato ao governo em 2018, argumentou Quintana. “É o fortalecimento do partido e não ao contrário”, afirmou o deputado.

Integrante da chamada “ala histórica” do PMDB paranaense, Quintana é um dos parlamentares mais influentes do partido no Estado. Além da indicação do vice, o PMDB poderá assumir o comando de pelo menos três secretarias de peso em um futuro segundo mandato de Richa, e a formação de um “chapão” com outros partidos da base aliada para os candidatos a deputado estadual e federal do PMDB.

Escândalos petistas

Com a decisão de Caíto Quintana outra hipótese afastada é de aliança com o PT de Gleisi Hoffmann. “Essa hipótese está totalmente descartada”, disse o presidente da legenda, Osmar Serraglio. A petista enfrenta dificuldades diante dos escândalos que atingem sua pré-campanha e da presidente Dilma Rousseff, de quem a paranaense foi chefe da Casa Civil até fevereiro, e que vem caindo nas pesquisas de intenção de voto e de avaliação popular.

A situação de Gleisi ficou ainda mais complicada depois que um das principais figuras de seu partido – o deputado federal André Vargas – foi atingido por denúncias de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef – preso na operação Lava Jato da Polícia Federal, acusado de participar de um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões.

Vargas

até então apontado como um dos principais coordenadores da campanha de Gleisi – deixou o PT e renunciou à vice-presidência da Câmara Federal, e está respondendo um processo de cassação do mandato por quebra de decoro parlamentar.