Deputado Júlio Garcia, presidente da Alesc, tem prisão domiciliar decretada

Informação foi confirmada pelo advogado dele nesta manhã de terça-feira. Deputado foi até a sede da Polícia Federal prestar esclarecimentos e a mandado prevê prisão domiciliar.

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Atualizado há 3 anos

O presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), Júlio Garcia (PSD), foi preso na manhã desta terça-feira (19) em Florianópolis, na segunda fase da Operação Alcatraz. A informação foi confirmada pelo advogado do deputado, Cesar Abreu, e a mandado prevê prisão domiciliar com o uso de tornozeleira eletrônica.

O político prestou esclarecimentos na sede da Polícia Federal na manhã desta terça-feira. Investigação mira fraudes que passam de R$ 500 milhões.

  • Equipes da Receita e Polícia Federal falam sobre a segunda fase da Operação Alcatraz em cidades de Santa Catarina — Foto: Diogenes Pandini/ NSC

Equipes da Receita e Polícia Federal falam sobre a segunda fase da Operação Alcatraz em cidades de Santa Catarina — Foto: Diogenes Pandini/ NSC

Além do deputado e presidente da Casa Legislativa, o empresário Jefferson Colombo, dono da empresa Apporti Soluções em Tecnologia, foi preso preventivamente. A advogado dele, Francisco Ferreira, confirmou a informação e disse que não iria se manifestar

Em uma das denúncias da fase anterior da Operação Alcatraz, Jefferson Colombo foi apontado como operador financeiro de Garcia no esquema. O empresário que era genro da ex-mulher de deputado.

Nesta terça-feira, a segunda fase da operação cumpre 34 mandados de busca e apreensão, 11 mandados de prisão preventiva e nove de prisão temporária. As ações acontecem em Florianópolis, Joinville, no Norte e Xanxerê, no Oeste.

Operação Alcatraz

O foco desta fase, batizada de “Hemorragia”, envolve contratos firmados pelas secretarias estaduais, empresários do ramo de tecnologia e servidores públicos. Segundo a PF, contratações de serviços eram feitas sem cotação prévia de preços, ou ainda, instruídos com orçamentos apresentados por empresas que possuíam relacionamento societário ou comercial entre elas.

A polícia afirmou ter identificado pagamentos irregulares que ultrapassam R$ 500 milhões.

Além dos mandados de busca, foram deferidas medidas cautelares como afastamento da função pública, proibição de contato com outros investigados e de se ausentar do país, e bloqueio de patrimônio dos investigados em valores que variam entre R$ 928 mil e R$ 37 milhões.

Contraponto

A assessoria do deputado Julio Garcia informou que não vai se manifestar. O G1 SC tenta contato com o governo estadual e a Assembleia Legislativa. Até as 10h40, não houve retorno.