Decisões do TRE-PR vão proporcionar novo cálculo de votos em União da Vitória

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Atualizado há 7 anos

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Novidades antes da diplomação são aguardadas na 33ª Zona Eleitoral

A eleição ainda não terminou em União da Vitória. Pelo menos na parte em que se conhece os vereadores eleitos. Tudo gira em torno da validação do candidato Valdomiro Costa Rayzer, o Miro (nome de urna).  Esse detalhe pode influenciar na vida de dois candidatos: Diego dos Santos (PSC) e Samuel José Custódio (Tico) do PEN. De acordo com o chefe do cartório da 33ª Zona Eleitoral, Fernando Eloi Kreutz, como o TRE-PR deu provimento ao candidato Miro, assim que “descer” o processo do tribunal, os votos serão recontados, assim como os quocientes eleitorais, para se ter certeza da condição de cada candidato.

Pelas informações da própria Justiça Eleitoral, Miro obteve 263 votos, que não foram computados. Por uma equação matemática simples, a coligação a que Rayzer pertence fez um vereador, Emerson Souza (PEN), com 364 votos. A coligação fez 2.683 votos. Pelo quociente eleitoral, Emerson conseguiu os 2.134 votos que precisava. A sobra, 549 votos, somados com os de Miro (263) chegam a 812. Já a coligação PSC/PTdoB obteve 4.922 votos. Pelo quociente eleitoral fizeram dois vereadores, Ricardo Sass e Valdecir Ratko, pelo PSC, e Diego dos Santos, também do PSC, pela média.

Com a votação de Miro computada à Coligação PEN/DEM/PSD/SD, fica com a sobra de 812 votos, maior do que a sobra da coligação do PSC/PTdoB (654 votos), o que resulta na eleição, pela média, do candidato Samuel José Custódio (Tico) do PEN, que recebeu a votação de 334 votos. Kreutz se limitou a dizer, por telefone, que os votos serão recontados antes da diplomação dos novos vereadores, que deve acontecer entre os dias 12 e 16 de dezembro. E ainda sugeriu que outras dúvidas serão sanadas com todas as outras decisões do TRE-PR sobre a votação de 2 de outubro. Ainda não estão descartadas outras mudanças.

PDT também terá votos recontados

A situação do PDT, que também teve seus votos desconsiderados, mesmo que favorável a qualquer uma das coligações ou mesmo com chapa pura, não altera o resultado das eleições. Para isso consideramos três cenários possíveis. Na primeira hipótese, seria do PDT com a coligação PMDB/PHS/PTB e PCdoB, que fez 3.509 votos. Albino do Cemitério (PMDB) foi eleito diretamente e Fernando Vier (PMDB), pela média, utilizando a sobra de 1.375 votos da coligação. O quociente eleitoral foi de 2.134 votos. Mesmo se fossem computados os 757 votos do PDT, que também está aguardando julgamento e não foram considerados, não seria suficiente para eleger um terceiro candidato.

Na segunda hipótese, se os votos do PDT fossem computados para o PP, que é outro partido que reivindica a coligação com o PDT, também não é suficiente para eleger um vereador. O PDT conseguiu nas urnas 757 votos, que foram desconsiderados até que se julgue qual é a situação do partido nas eleições. O PP fez 1.107 votos. Se somados aos do PDT, se chegaria a 1.864 votos, bem abaixo do quociente eleitoral (2.134), portanto insuficiente para eleger um vereador.

E no terceiro cenário, se o PDT conseguir seus votos, e não ficar em nenhuma das coligações, continuaria com seus 757 votos. Para eleger um vereador, precisaria de 2.134 votos, exigidos pelo quociente eleitoral.

Decisões e diplomação

A justiça eleitoral vai anunciar o resultado oficial para vereador dias antes da cerimônia de diplomação de vereadores e suplentes. Quando anunciou o resultado oficial das eleições 2016, a juíza Eleitoral da 33ª Zona Eleitoral, Leonor Bisolo Constantinopolos Severo, disse que não mencionaria os vereadores eleitos porque a situação do PDT poderia mudar a lista. Naquela oportunidade ainda não estava configurada a validação dos votos de Miro.