AEDES AEGYPTI: Diminuem focos do mosquito no Vale do Iguaçu

Campanha intensa de conscientização realizada pelos setores de Saúde e Vigilância teve bons resultados. Dados são divulgados em meio a lançamento da vacina contra a dengue no PR

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Atualizado há 8 anos

A queda é evidente. Há um mês União da Vitória registrava 144 focos do mosquito Aedes aegypti. Os bairros com maior incidência de larvas na época eram o São Basílio Magno, Rocio e São Bernardo. No Bairro Limeira começavam a aparecer os primeiros focos.

Já neste mês, uma redução: 116 focos. Só que por outro lado, os locais onde o mosquito está presente aumentaram no mapa. Hoje também já podem ser verificados focos nos bairros Ponte Nova, Navegantes e no Sagrada Família, além da região central.

Conforme Wagner de Moura, da Vigilância Sanitária, mesmo com a diminuição dos focos e com a as temperaturas baixas, os cuidados com a proliferação continuam. Com isso as visitas, que antes eram feitas em ciclos a cada quatro meses durante o ano, passaram a ser realizadas a cada dois meses. O trabalho intenso de conscientização é feito por parte da Vigilância, agentes de endemias e comunitários de saúde. Além da presença de soldados do 5º Batalhão de Engenharia e Combate Blindado (5º BEC) que já participou de duas ações conjuntas com as administrações de Porto União e União.

Com relação ao frio Moura alerta para o período de dormência do mosquito. “Não quer dizer que ele morre com as temperaturas baixas ou negativas. Ele está por aí, podemos ter uma diminuição na população adulta do mosquito, quando ele já está na fase ‘alada’, mas não que ele morra”, reforça.

GrXXficoXAedes“As larvas permanecem nos criadouros, mas assim que as temperaturas aumentarem a larva continua seu desenvolvimento. Isso pode demorar meses, mas continua”, conta.

Funciona assim: quando está frio a larva fica no criadouro em estado de “dormência” e o desenvolvimento, que num período mais quente demoraria de sete a dez dias, pode demorar um pouco mais.

Vacina da dengue

O governo do Estado lança hoje à tarde, no Porto de Paranaguá, a Campanha de Vacinação contra a Dengue no Paraná. Na oportunidade, será assinado o Protocolo de Intenções com a Sanofi Pasteur para a aquisição das vacinas. Também serão vacinados os primeiros paranaenses contra a dengue e anunciada a estratégia do Estado para a campanha vacinal nos municípios priorizados.
O Paraná será o primeiro das Américas a fazer uma campanha pública de vacinação contra a dengue. A vacina produzida pela empresa francesa Sanofi Pasteur é pioneira no mundo e foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em dezembro de 2015, depois de 20 anos de pesquisa e a comprovação de sua efetividade. Ela protege contra os quatro sorotipos de dengue que circulam no Brasil.

Do outro lado

Em Porto União está instalada uma Sala de Situação, que funciona como uma base para apresentação e deliberação de ações por parte dos setores da Saúde municipal e estadual. Nessa sala acontecem reuniões periódicas, que é quando setores de saúde local conversam e trocam informações com outros municípios, também com situação de infestação como a de Porto União.

Do lado catarinense também teve diminuição. Conforme a assessoria de comunicação 108 casos estão registrados nas secretarias de Vigilância Sanitária, Epidemiológica e Ambiental do município. Esse número já foi um pouco maior ainda no começo do mês, quando chegou aos 120.

Ainda segundo a assessoria no próximo dia 5 será realizada nova reunião na Sala de Situação para definir se a cidade continua em situação de infestação.

As visitas às casas continuam, mas as ações da Vigilância Ambiental, em especial, são de orientação e não mais fiscalização.

Já União da Vitória não possui laudo de situação do município. Conforme a Vigilância Sanitária o resultado já deveria estar pronto, já que em maio foram instaladas 144 armadilhas pela cidade e, desse número, seis tiveram resultado positivo.

Casos

Conforme o último boletim divulgado pelo Laboratório Central de Análises do Estado (Lacen), União da Vitória tem registrado um caso de dengue autóctone, quando o paciente é infectado dentro da cidade onde mora. Além de outros três casos importados.