Arrastão contra dengue mobiliza o Vale do Iguaçu

Prefeituras de União da Vitória, Porto União e soldados do 5º BEC saíram às ruas no sábado para orientação e fiscalização

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Atualizado há 8 anos

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(Foto: Assessoria).

O inverno começou oficialmente na noite de ontem, mas as temperaturas baixas já vêm visitando o Vale do Iguaçu há algumas semanas. E mesmo com os termômetros marcando, em muitos dias, temperaturas negativas, a preocupação com o mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, zika e chikungunya, ainda deve ser mantida. Aliás, deve ser redobrada.

Contando com isso as prefeituras de União da Vitória e Porto União, junto com os soldados do 5º Batalhão de Engenharia e Combate Blindado (5º BEC) se reuniram em um arrastão para conscientizar a população dos perigos dos criadouros.

No sábado, soldados, agentes de endemias e funcionários das vigilâncias Epidemiológica, Sanitária e Ambiental das duas cidades vistoriaram casas e fizeram panfletagens nos bairros considerados mais críticos, aqueles que ficam, em especial, na divisa dos municípios. “As pessoas pensam que com o frio dos últimos dias esse problema teria terminando ou amenizado, mas não, na última semana foram encontrados novos focos, novas larvas, mais uma demonstração de que o frio não está matando o mosquito”, afirma o secretário de Saúde, Rogério Stasiak.

Esse foi o segundo “arrastão da dengue” realizado por aqui. Desta vez, a iniciativa foi do 5º BEC e, em Porto União, a Vigilância Ambiental esteve à frente das atividades. Conforme Ilse Simione, da Secretaria de Saúde, a promoção à saúde é um dever de quem trabalha na pasta. “É uma missão conjunta que estamos realizando para levar às famílias a prevenção e a promoção à saúde”, disse Ilse. Também participaram da ação os alunos do curso técnico de enfermagem do Colégio Lauro Müller Soares.

O prefeito Anízio de Souza acompanhou o início dos trabalhos, centralizados no Campo do Escurinho. “Quero agradecer a todos que estão presentes nesta atividade, pois essa ação é extremamente importante para a saúde da população de Porto União. É importante continuarmos ativamente no combate ao mosquito e em nome da população agradecemos a vocês”, declarou o prefeito.

Do lado de União da Vitória a Vigilância Sanitária participou da ação com seus agentes de endemias, seis deles, além dos técnicos em saúde básica. Conforme Wagner de Moura, responsável pela Vigilância, a cidade já contabiliza 144 focos do mosquito, o que preocupa, e muito, as autoridades de saúde, pois o número ainda pode aumentar. “Nós estamos analisando algumas amostras que coletamos no sábado, mas acreditamos que algumas podem dar positivas”, declarou.

Ainda segundo Moura os bairros com maior incidência de larvas são o São Basílio, Rocio e São Bernardo. O que está começando a registrar a presença do aedes é o Bairro Limeira.

O balanço completo do arrastão será divulgado nos próximos dias.

Frio não mata o mosquito

O mosquito não morre com o frio, muito menos é exterminado pelas temperaturas negativas. O que acontece é um estado de dormência. “E assim que a temperatura esquentar, o mosquito já aparece”, comenta Moura.

O ciclo de vida do mosquito é composto pela larva, pupa e a forma alada, que seria o mosquito na forma adulta. Normalmente esse ciclo duraria 10 dias, mas com o frio pode durar mais. “O pessoal tem que ter a consciência que essa época é uma época de eliminar os criadouros não baixar a guarda”, disse.