Uma mulher bonita, com um corpo curvilíneo e que chama a atenção por onde passa. Marisa Schnorr sempre foi assim. Na infância, chamava a atenção pelos cabelos compridos e loiros. Na adolescência, era a mais alta entre as amigas. Já na fase mulher, se dispôs a cuidar da alimentação e zelar por um corpo saudável; não esquecendo do belo. Hoje aos 33 anos de idade, Marisa cuida do seu e do corpo de tantas outras mulheres que almejam ser felizes. Não magras, porém FELIZES.
Mas pode Marisa ter sofrido Body Shaming?
Sua exposição hoje pelas redes sociais é tamanha. Marisa aproveita a boa relação da comunidade com a mídia e divulga o seu trabalho. Ela é Terapeuta Comportamental e especialista em Emagrecimento. A menina que viveu grande parte da sua vida em Porto Vitória, a conhecida Terra das Cachoeiras, e depois em União da Vitória, hoje fixou residência em Balneário Piçarras, em Santa Catarina.
“Já recebi críticas pelo meu corpo sim! Na realidade eu não me importo porque sempre fui uma pessoa com gostos próprios e não dou ouvidos para nenhum tipo de modinha. Sempre busquei a minha melhor versão, mas dentro da minha liberdade, sem pressão, sem infelicidade, deixando tudo fluir de uma maneira tranquila. Gosto de me alimentar bem, me exercitar e a consequência disso me traz um corpo saudável”, relata.
Body Shaming
De acordo com terapeuta, a tradução de Body Shaming significa “vergonha corpo”, porém na prática é quase como um bullying virtual. Isso é muito comum hoje nas redes sociais e principalmente entre as pessoas famosas.
Foi o que aconteceu recentemente com a atriz e cantora Cleo Pires.
Após ganhar cerca de 20 quilos, a famosa recebeu uma onda de ataques vindos das redes sociais. Exposta aos holofotes desde muito cedo, Cléo precisou aprender a lidar com os comentários maldosos em relação a sua forma física.
A situação atualmente denominada body shaming é algo bastante antigo e historicamente presente na vida das mulheres.
“A situação ocorre nos dias de hoje principalmente porque as pessoas expõem um corpo perfeito nas redes sociais. As pessoas que não se encontram neste padrão de beleza se sentem humilhadas, principalmente quando são criticadas”, diz Marisa.
Para a especialista, a mulher ainda é um personagem muito físico.
“Claro que não são todas, mas uma maioria. Com toda certeza tudo o que é extremismo causam danos psicológicos”.
Somos todos belos
“Não devemos seguir rótulos, todo mundo tem uma beleza e devemos sim buscar o nosso melhor sempre. Podemos sim querer ter um corpo mais magrinho, ou uma perna mais durinha, mas sempre dentro do que é real para mim. Buscar ser saudável de corpo e mente. Ter em mente que a autoestima vem de dentro e vai além de estar com padrões impostos pela sociedade. Autoestima tem a ver com amor próprio, pois quanto mais eu amo a pessoa que eu sou, mais carinho e atenção eu tenho comigo mesmo”
Porque você quer emagrecer?
A terapeuta comenta que o primeiro questionamento que faz aos seus pacientes é porque você deseja emagrecer?
“As respostas que eu mais escuto são: ‘eu vou à praia no fim do ano e preciso emagrecer e também pela autoestima’. Isso mostra o quanto as pessoas confundem autoestima com um padrão de corpo, como se fosse uma obrigação elas estarem magras para ir à praia. Como profissional comportamental eu respondo: “qual praia que você vai? Lá só tem galera sarada e magra? Porque normalmente as praias que eu vou a maioria das pessoas tem corpos comuns!”.