Canoinhas registra o primeiro caso positivo de dengue

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Atualizado há 6 anos

Canoinhas registrou o primeiro caso positivo de dengue de 2018. A confirmação é do Serviço de Vigilância Epidemiológica do Município. O caso confirmado de dengue teve como possível local provável de infecção a Bahia. Além deste caso confirmado, até o momento, o município registra também um caso descartado de dengue e um caso descartado de chikungunya.

Para o Estado de Santa Catarina, do total de casos confirmados até o momento, dois são autóctones (transmissão dentro do estado), ambos residentes no município de Itapema, e quatro são importados (transmissão fora do estado), residentes nos municípios de Biguaçu, Canoinhas, Porto União e São José. “Ou seja, 50% dos casos importados estão registrados para a região do Planalto Norte Catarinense. Lembrando que Porto União ainda é considerado município infestado! Esse fato aumenta a preocupação da equipe que mantém a vigilância no controle e combate ao mosquito sempre ativa, inclusive no período do inverno”, argumenta a bióloga Cristina Brandes Grosskopf, do Ambulatório Municipal de Epidemiologia.

A secretária de Saúde, Zenici Dreher, lembra que há vigilância em armadilhas e em pontos estratégicos em toda a área urbana do município e que as unidades estão sempre em processo de atualização e atentas às informações e sintomas relatados pelos pacientes, principalmente quando há relato de viagem para áreas infestadas e com transmissão da doença.

No entanto, mesmo com a vigilância do vetor em toda a área urbana do município, a bióloga Cristina reforça a importância da colaboração dos munícipes neste processo por meio de denúncias que podem ser feitas diretamente aos agentes de endemia, aos agentes comunitários de saúde ou pelo telefone da Vigilância Epidemiológica (47 – 3622-8416). “Além disso, é importante manter a vigília nas residências buscando não disponibilizar recipientes que possam se tornar criadouros do mosquito”, afirma a bióloga. Zenici salienta que a colaboração de todos na eliminação de recipientes, ou qualquer espaço que propicie acúmulo de água, é fundamental para combater o mosquito.

Focos em SC

Diferença entre o Aedes aegypti e o Culex (pernilongo comum)

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Com relação ao vetor Aedes aegypti, entre 31 de dezembro de 2017 e 31 de março de 2018, foram identificados 6.929 focos do mosquito em 132 municípios. Nesse mesmo período em 2017, haviam sido identificados 4.208 focos em 116 municípios. O número de focos de 2018 é 64,7% maior quando comparado ao mesmo período do ano de 2017.

Com relação à doença, no período de 31 de dezembro de 2017 a 31 de março de 2018, foram notificados 615 casos de dengue em Santa Catarina. Desses, cinco foram confirmados, 17 estão inconclusivos, 490 foram descartados por apresentarem resultado negativo para dengue e 103 estão sob investigação pelos municípios.

Dengue

A Dengue é uma doença infecciosa febril causada pela picada da fêmea infectada do mosquito Aedes aegypti, sendo considerada na atualidade um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A infecção pelo vírus da dengue pode ser assintomática ou sintomática.

Quando sintomática, causa uma doença sistêmica e dinâmica de amplo espectro clínico, variando desde formas mais leves até quadros graves, podendo evoluir para o óbito. Todos os quatro sorotipos do vírus da dengue circulantes no mundo (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4) causam os mesmos sintomas, não sendo possível distingui-los somente pelo quadro clínico. O termo “dengue hemorrágica” deixou de ser empregado em 2014, quando o Brasil passou a utilizar a nova classificação da doença, que leva em consideração que a dengue é uma doença única, dinâmica e sistêmica. Para efeitos clínicos e epidemiológicos, considera-se a seguinte classificação: dengue, dengue com sinais de alarme e dengue grave.

Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40° C) de início abrupto, que tem duração de dois a sete dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, a dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Manchas pelo corpo estão presentes em 50% dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes.

No entanto, alguns pacientes podem evoluir para a forma grave da doença, caracterizada pelo aparecimento de sinais de alarme, que podem levar ao óbito do paciente.

Orientações para evitar a proliferação do Aedes aegypti:

  • evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;
  • guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
  • mantenha lixeiras tampadas;
  • deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
  • plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
  • trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
  • mantenha ralos fechados e desentupidos;
  • lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
  • retire a água acumulada em lajes;
  • dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros pouco usados;
  • mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
  • evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;
  • denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;
  • caso apresente sintomas de dengue, chikungunya ou zika vírus, procure uma unidade de saúde para o atendimento.

Fonte: SINAN, DIVE.