CPI vai investigar investimentos na saúde em General Carneiro

A investigação deve envolver dados desde 2015

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Atualizado há 5 anos

Câmara de vereadores de General Carneiro. (Foto: Reprodução).
Câmara de vereadores de General Carneiro. (Foto: Reprodução).

No dia 11 de março, moradores de General Carneiro foram as ruas protestar por melhores condições da saúde no município. Tudo começou quando um áudio de WhatsApp, vazou no início do mês de janeiro. No conteúdo, a médica responsável Jocelia Candido desabafa com o secretário de saúde Jean Fagundes sobra a falta de um abocath – instrumento utilizado para fazer punções venosas.

Ela precisava do instrumento para um procedimento em uma criança, pela falta, o menor precisou ser encaminhado para União da Vitória. No áudio, a médica chora pedindo ajuda. Segundo informações o instrumento custa aproximadamente R$ 1,10.

Segundo o prefeito Luis Otávio Geller Saraiva, o Gaúcho, o problema foi pontual, e o município enfrenta dificuldades, mas que o trabalho está sendo feito e que falhas pontuais acontecem.

Gaúcho lembrou que assumiu a prefeitura com dividas beirando R$ 13 milhões e que o trabalho e árduo e continuo.

Para o secretário de saúde, Jean Fagunes, o áudio caiu em mãos mal-intencionadas e no começo do ano devido ao recesso alguns medicamentos ficaram faltosos.

CPI

Depois do protesto, uma Comissão Interdisciplinar de Inquérito (CPI), foi instaurada pela câmara de vereadores. Segundo o presidente da casa Ivo Gaioviski, a comissão foi criada devido alguns indícios de gastos excessivos na área da saúde.

Segundo o vereador, mesmo com o fechamento do hospital os gastos ficaram iguais ou maiores com o pronto atendimento (PA) com menos serviços oferecidos.

Ivo ainda lembrou que todos os funcionários são terceirizados, e que o local não conta com profissionais concursados.

A investigação deve envolver dados desde 2015. O prazo inicial é de 90 dias.