DA TORNEIRA: Segundo Sanepar, algas alteraram identidade da água

Moradores de alguns bairros de União da Vitória questionaram qualidade, odor e aparência. Companhia de Saneamento garante que tudo está bem

·
Atualizado há 8 anos

XXgua
Análises locais checam condições de potabilidade, porém, não consideram odor e cor da água

Há cerca de duas semanas moradores de São Cristóvão, em União da Vitória, vem matando a sede, mas com certa preocupação. Segundo a comunidade, a água “servida” na torneira, tratada e disponibilizada pela Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), está com odor e cor diferente. O gosto, garante quem toma, também era duvidoso. O efeito vem durando alguns dias, o que fez com reclamações chegassem à central da Companhia, bem como à redação de O Comércio.

A mais recente vem dos bairros São Bernardo, Rocio e Rio D’Areia. Conforme a queixa, quem toma água da torneira passa mal. Há registros, inclusive, de cólicas fortes. A comunidade afirma que a água está densa, com gosto de lama.

De acordo com o gerente do escritório regional da Sanepar, Bolivar Menoncin, tudo isso realmente vem acontecendo. A exceção é para os sintomas de dores mencionados pela comunidade. Menoncin garante que isso é bastante improvável. “Sem prejuízo para a saúde, de modo algum”, garante. Segundo ele, as condições alteradas da água são fruto da presença elevada de algas no leito do Rio Iguaçu. Durante alguns dias, esta diferença pode ser percebida em algumas residências. O gerente acredita que não é um problema, tampouco algo percebido pela maioria. “Num universo de cem mil pessoas que atendemos, tivemos poucas reclamações e a maioria de quem tem mais sensibilidade”, afirma.

Transparente

A qualidade da água tratada pela Companhia é verificada quase que semanalmente. A ação é organizada pela Vigilância Sanitária do município. Mas, nem todos os critérios de potabilidade são checados no Laboratório de Águas administrado pela Unespar. Há um ano, a entidade oferece o serviço às vigilâncias de toda a região da Amsulpar. A equipe checa a presença e quantidade de cloro, flúor e turbidez da água. Nenhum critério, conforme os técnicos, classifica como ruim ou boa a água que tem cheiro ou cor. O portal do laboratório informa ainda que “realiza ensaios físico-químicos e microbiológicos em água ‘in natura’ e tratada, destinada ao consumo humano”.

A Uniguaçu também dispõe de um laboratório de saúde. Por lá, conforme os coordenadores, a análise microbiológioca, ou seja, a que identifica se há contaminação, é feita. O teste é composto de três etapas: o caldo Lauryl, para coliformes totais, o caldo Verde brilhante, para coliformes fecais e o caldo E.C., para Escherichia coli, uma espécie de bactéria.