DENGUE: Falta pouco para uma epidemia

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Atualizado há 7 anos

Pelo visto tem quem não esteja fazendo a lição de casa. Pelo menos, parece. O diagnóstico é da equipe de combate à Dengue, ligada à Vigilância Ambiental de Porto União. É que os novos números do trabalho revelam descuido, logo, um considerável aumento no número de focos na cidade.

O momento não é favorável também: de novembro a março, por conta do calor, as chances de proliferação do mosquito transmissor da doença aumentam. “A cidade tem foco e mosquito, só não tem pessoa doente”, alerta a chefe da Vigilância Ambiental de Porto União, Ilse Simioni. “Uma vez um verão infestado pelo mosquito, a consequência é outro verão com a doença”, completa.

GrXXficoXDengueX27X10Por isso, toda aquela cartilha de recomendação merece ser repetida. “Manter as caixas de água vedadas completamente, tambores de água vedados com tampa ou tela mosquiteira, não jogar lixo que acumule água – sacolas, gavetas, tampas. Todo cuidado é pouco”, diz.

Dia D

Ele é nacional, lembrado em todo o Brasil amanhã. Mas, no Vale do Iguaçu, o “Dia D” foi antecipado para hoje. Assim, nesta sexta-feira, haverá serviço de informação o dia todo, no “cruzo da linha”, no começo da Rua Matos Costa. A equipe de Porto União convidou a de União da Vitória. Ela vem e endossa a realização de uma força-tarefa quase lúdica, na tentativa de, novamente, informar a população sobre a necessidade de olhar com mais carinho e atenção para o quintal da própria casa.

As ações acontecem das 9 às 16h30, com serviço de saúde, inclusive, gratuito. Além disso, em todas as Unidades de Saúde de Porto União haverá divulgação sobre o tema. “Essa é mais uma mobilização para que as pessoas se conscientizem do que devem fazer, do cuidado que devem ter com o lixo, dos riscos”, reforça a enfermeira.

A ação conta com apoio dos alunos do curso técnico de Enfermagem do Colégio Lauro Müller Soares.

Em União da Vitória

Conforme a equipe da Vigilância Sanitária, a cidade também tem – ou já teve – focos. A região Sul, especialmente nos bairros Rocio, Rio D’Areia e São Basílio Magno, é o endereço preferido do mosquito. Além de acompanhar o trabalho de Porto União no Dia D, ainda em novembro, logo após o Finados, a equipe fez um arrastão. Os cemitérios foram visitados e neles, vasos com acúmulo de água checados e deixados como orientam as normas de combate.

Toda sexta

Para intensificar o combate ao Aedes aegypti no Brasil, o Ministério da Saúde incentiva que as pessoas usem todas as sextas como dia especial para eliminar os possíveis focos do mosquito de dentro de casa. A ideia é justamente dar atenção à doença dentro do período máximo para sua transformação em mosquito.

RESISTENTE

O ovo do mosquito fica vivo por até 480 dias – MAIS DE UM ANO – se não tocar na água. Quando toca, se transforma em mosquito em uma semana.