Governo reforça importância da vacina contra o HPV

·
Atualizado há 6 anos

(Foto: Assessoria).
(Foto: Assessoria).

No Outubro Rosa, o Governo do Estado reforça a importância da vacina contra o HPV na prevenção do câncer do colo do útero. A vacina está disponível em mais de 2 mil unidades de saúde de todo o Estado para meninas de 9 a 14 anos, 11 meses e 29 dias e para meninos de 11 a 14 anos, 11 meses e 29 dias.

“A adesão a campanha de vacinação contra o HPV continua baixa. A população ainda não compreendeu a importância dessa vacina, que vai proteger nossos jovens contra vários tipos de cânceres no futuro, principalmente o câncer de colo do útero, que matou 713 mulheres no Paraná apenas em 2016”, enfatiza o chefe do Centro estadual de Epidemiologia, João Luís Crivellaro.

DUAS DOSES – Para garantir a imunização completa, são necessárias duas doses da vacina com um intervalo de seis meses entre as aplicações. No Paraná, a campanha tem, em média, 40% de adesão na primeira dose. Com as duas doses, a vacina tem uma eficácia de 98%, entretanto, o retorno à unidade de saúde para a segunda dose é ainda menor, com apenas 20% de adesão.

Crivellaro explica que a principal barreira é o desconhecimento. “Os pais têm que entender que a vacina é uma proteção, um presente para o futuro. Da mesma maneira que a criança é vacinada na infância contra doenças que podem ocorrer na vida adulta, ela deve ser vacinada na adolescência contra o HPV”, orienta.

As crianças e adolescentes que já receberam uma dose da vacina podem completar o esquema vacinal para garantir sua imunidade, mesmo que já tenha ultrapassado o período de seis meses da aplicação da primeira dose.

OUTROS TIPOS – No sexo feminino, a vacina protege contra o câncer de colo de útero, que atualmente é o 3º mais frequente e a 4ª causa de morte por câncer em mulheres no Brasil. Para os homens, o objetivo é proteger contra os cânceres de garganta, pênis e ânus. Além disso, previne mais de 98% das verrugas genitais.

A superintendente de Vigilância em Saúde, Júlia Cordellini, ressalta que a vacina é reconhecida internacionalmente. “Ela estimula a produção de anticorpos específicos para os quatro tipos do HPV que circulam no Brasil. Ela é segura e eficaz. Por isso, precisamos que esse público aproveite o benefício e procure a unidade de saúde mais próxima”, reforça.

Pacientes com HIV/Aids, oncológicos e transplantados de 9 a 26 anos também devem se vacinar. Para esse público são indicadas três doses da vacina contra o HPV.

ATUALIZAÇÃO – Júlia também faz um apelo para os pais aproveitem a ida até a unidade de saúde com a carteira de vacinação para que os profissionais possam verificar se as vacinas estão em dia. Caso a carteirinha tenha sido perdida ou a pessoa não saiba qual já tomou, serão aplicadas as vacinas de acordo com sua idade, conforme a tabela do Programa Nacional de Imunização. A tabela pode ser conferida AQUI