OUTUBRO ROSA: No Vale do Iguaçu, 80% dos casos são de câncer de mama

Movimento mundial vai defender a importância do autoexame e o apoio que a Rede Feminina dá para quem precisa

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Atualizado há 7 anos

Vice-presidente da entidade de União da Vitória, Telma Lotoski
Vice-presidente da entidade de União da Vitória, Telma Lotoski

Começou no domingo e se prolonga até o último dia do mês, a campanha Outubro Rosa. O movimento tem apelo mundial e durante 31 dias, reforça a importância do autoexame, bem como a necessidade do diagnóstico precoce, do tratamento. Além disso, a campanha relembra para a comunidade o papel apoiador dado pela Rede Feminina de Combate ao Câncer.

Ontem, a vice-presidente da entidade de União da Vitória, Telma Lotoski, falou à rádio CBN Vale do Iguaçu. Conforme ela, embora o ano todo as ações contra o câncer acontecem, é agora em outubro que elas ganham mais força e muito mais visibilidade. “O movimento tem uma grande acolhida no País e também aqui na nossa região”. “As nossas ações acontecem o ano todo. A Rede trabalha com visitação aos pacientes, esquipes que estão no acolhimento, que dão palestras sobre todos os tipos de câncer. É muito envolvimento com a causa”, completa.

Por isso, ao longo de todo o mês, vários eventos estão programados, além, obviamente, da programação normal da Rede. Um dos mais esperados é o Happy Hour que neste ano foi organizado para o dia 26. O evento está em sua 11ª edição.

Câncer de mama

Acompanhando dados nacionais, no Vale do Iguaçu, o câncer de mama também aparece como o mais comum entre os pacientes atendidos. Por isso, embora fale sobre outros canceres, o Outubro Rosa fica justamente do das mamas. “Oitenta por centro dos casos é câncer de mama. Mas quando descoberto precocemente, pode ser curado. A chance de cura é de até 90%”, explica Telma.

outubroros-saude-valedoiguacuXX1XE é neste momento que a mulher precisa se tocar. É que o autoexame é a primeira foram de se descobrir se há algo errado. Os exames, caso precisem, confirmar o que ela descobriu em casa, sozinha. “Toda mulher deve fazer a apalpação das mamas, todo mês. Ela tem que estipular um dia no mês para isso. Ai, uma vez por ano, ela faz a mamografia, isso a partir dos 45 anos. Se tiver histórico, já a partir dos 35 anos. Não dói e é importante fazer. Isso só vai favorecer a detecção precoce”, observa a vice-presidente da Rede.

Casos no Paraná

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que, em 2017, o Paraná registre 3,7 mil novos casos de câncer de mama. No Brasil, esse número chega a quase 58 mil casos. Em 2016 houve 1.010 mortes em decorrência do câncer de mama feminino no Estado. No entanto, quando detectado precocemente as chances de cura chegam a 95%.

Apesar disso, mais da metade das idosas considera desnecessário fazer os exames. No Paraná, a busca pela mamografia cresceu nos últimos anos, mas o número aumentou muito em faixas etárias sem recomendação. No ano passado foram feitas quase 317 mil mamografias no Estado – 122 mil em mulheres fora do grupo prioritário, ou seja, abaixo dos 50 e acima dos 69 anos.

Fora da faixa etária, o exame é recomendado somente para mulheres com sinais ou sintomas de câncer de mama, como nódulo, retração do mamilo e outros, ou com histórico familiar em parente de primeiro grau, como mãe, irmã ou filha. Além dos exames periódicos, a adoção de hábitos saudáveis também contribui para a prevenção do câncer.

Estima-se que 28% dos casos de câncer possam ser prevenidos por mudanças na alimentação e inclusão de atividade física no cotidiano.

CÂNCER DE MAMA

Ainda conforme o Inca, o câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação de células anormais da mama, que formam um tumor. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns tipos têm desenvolvimento rápido enquanto outros são mais lentos.

Para o Brasil, em 2016, são esperados 57.960 casos novos de câncer de mama. Tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do câncer de pele não melanoma, o câncer de mama responde por cerca de 25% dos casos novos a cada ano. Especificamente no Brasil, esse percentual é um pouco mais elevado e chega a 28,1%. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, esse tipo de câncer é o mais frequente nas mulheres das Regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.

Existe tratamento para câncer de mama, e o Ministério da Saúde oferece atendimento por meio do Sistema Único de Saúde, o SUS.