Pílula preventiva contra AIDS

A pílula foi aprovada pelos EUA. Para especialista de União da Vitória a pílula ainda não é uma certeza. O mais concreto ainda é o sexo seguro

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Atualizado há 12 anos

A Infectologista de União da Vitória, doutora Suzanne Leite Pereira, confirma que a notícia não foi bem interpretada pela maioria da população. A aprovação da pílula não significa que o sexo deva ser desprotegido. A especialista ressalta que a pílula é promissora, porém incerta até o momento.

Vale lembrar que a notícia ganhou notação na segunda-feira. Sendo que vários especialistas norte-americanos apoiaram, pela primeira vez, uma droga para prevenir a infecção pelo HIV em pessoas saudáveis. Os profissionais recomendaram a Truvada para pessoas consideradas em alto risco de contrair o vírus da Aids. A mídia internacional deixou claro que a iniciativa pode ser um novo marco na luta contra o HIV/Aids.

Produzido pelo laboratório Gilead, o remédio está disponível no mercado dos EUA desde 2004, usado em combinação com outros antirretrovirais no tratamento de soropositivos.

No Brasil
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no Brasil, a medicação obteve registro em maio, para tratamento, mas o Ministério da Saúde diz que não mudará a estratégia de prevenção à doença no país.

Não é 100% seguro
De acordo com Suzane o remédio não é 100% seguro. “A pessoa que o utilizar pode achar que está protegida e relaxar no uso da camisinha. A pessoa não pode pensar que com o remédio poderá se envolver em mais situações de risco”.

Reduziu o risco
Estudos feitos em 2010 mostraram que o medicamento Truvada reduziu o risco de HIV em homens homossexuais saudáveis – e entre os HIV-negativos parceiros heterossexuais de pessoas que são HIV-positivo – de entre 44% e 73%. O Antiviral Drugs Advisory Committee, que aconselha o FDA, votou 19-3 a favor de prescrever a droga para o grupo de maior risco – homens não-infectados que têm relações sexuais com múltiplos parceiros masculinos.

Eles também aprovaram, por maioria de votos, o uso para pessoas não infectadas com parceiros HIV-positivos e outros grupos considerados em risco de contrair o HIV através da atividade sexual.

(Fonte FDA)