Prefeito apresenta proposta que viabiliza construção de novo hospital em São Mat

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Atualizado há 9 anos

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(Foto: Assessoria).

“O que nos traz aqui hoje é um motivo muito nobre”, anunciou o prefeito Clóvis Ledur no início de sua fala na sessão da Câmara, na segunda, 30. “Sabemos que muitas pessoas veem a necessidade da construção de um novo hospital em São Mateus do Sul. Se nós achamos a fórmula perfeita, não sei. Mas posso dizer com toda tranquilidade que achamos uma forma viável de fazer isso acontecer”.

Acompanhado pela Secretária Municipal de Saúde, Fernanda Sardanha; e pelo presidente do Hospital e Maternidade Dr. Paulo Fortes, Michel Ulbrich, o prefeito foi até a Câmara para tornar pública e discutir com os vereadores a proposta de compra do prédio do Hospital – para viabilizar a construção de um novo hospital no Município. Também estiveram presentes na sessão o vice-prefeito, Clóvis Distéfano; o Secretário Municipal da Casa Civil, Dejair Padilha; e o assessor jurídico do Município, Régis Zultanski.

Hoje, o hospital do município é administrado por uma entidade filantrópica e não possui capacidade para atender situações de alta complexidade. A construção do novo hospital também deve resolver a falta de atendimento a pacientes em situação de emergência na cidade. Hoje, pacientes em situação de emergência estão tendo que ser atendidos no Hospital do Rocio, em Campo Largo, graças a um contrato de prestação de serviço firmado pela Prefeitura.

NOVO HOSPITAL E NOVO LAR SÃO MATEUS

O projeto de compra, que vem sendo discutido há mais de um ano, prevê a aquisição do prédio que hoje abriga o Hospital Dr. Paulo Fortes por um valor aproximado estimado em R$6 milhões.

Um amplo estudo – técnico, financeiro e jurídico – sobre o hospital e sobre a possível compra do prédio pela Prefeitura foi realizado para chegar a esse valor. A partir desse estudo, que foi acompanhado por servidores públicos e por membros da diretoria do hospital, a Prefeitura espera, com a compra do prédio do hospital, economizar quase R$17 mil mensais em alugueis – uma vez que considera a possibilidade de transformar o prédio do atual hospital em uma sub-sede da Prefeitura.

Além dos R$ 6 milhões, a Prefeitura cederia na negociação um terreno avaliado em R$450 mil, entre o Senai e a Creche Tia Dirce, na Vila Prohmann, para a construção de um novo Lar São Mateus. Segundo o prefeito Clóvis Ledur, o Lar São Mateus entrou na negociação porque a Prefeitura entende que a entidade precisa de melhores condições para executar seu trabalho. “Dar melhores condições ao Lar é tão importante quanto construir o novo hospital. O Lar funciona dentro de dificuldades e nós queremos melhorar a infraestrutura do Lar”.

PROPOSTA É VIÁVEL

Em contrapartida, como informa Ledur, a negociação prevê que, com o valor da compra, a diretoria do hospital deve efetuar prontamente a compra de um terreno para o hospital; a realização de um projeto arquitetônico e executivo em relação ao novo hospital;  e ainda a construção do novo Lar São Mateus, no terreno cedido pela Prefeitura. O preço estimado para essas três ações é de R$1,5 milhão, o que daria à diretoria do hospital condições de ter ainda disponíveis cerca de R$5,5 milhões disponíveis para iniciar a obra do novo hospital. Este valor, segundo o laudo apresentado à Prefeitura, possibilitaria a construção de um hospital de mais 3 mil metros quadrados, quase o dobro do espaço útil do atual hospital.

“A diretoria do hospital acredita na viabilidade da proposta da Prefeitura”, informou o presidente do Hospital, Michel Ulbrich. “Assim que a Prefeitura oficializar esta proposta, a diretoria vai convocar uma Assembleia Geral para avaliação e votação”. O presidente do Hospital esclareceu ainda que a diretoria está pesquisando terrenos em que poderia ser construído o novo hospital, e que a obra, segundo estudos prévios, deve levar cerca de 20 meses.

A Secretária Municipal de Saúde, Fernanda Sardanha, destacou a forma democrática e participa como veio sendo colocada a proposta de compra do prédio do Hospital pela Prefeitura, e explicou que será criada uma comissão, composta por representantes do Legislativo, do Executivo e da comunidade para acompanhar, junto com o Ministério Público e com o Conselho de Saúde, as obras do novo hospital, desde sua negociação com a diretoria.