RANKING NEGATIVO: Brasil é o quarto País do mundo em número de diabéticos

Obesidade é uma das características que favorece o aparecimento da doença. Neste critério, até crianças podem ser diagnosticadas com Diabetes

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Atualizado há 6 anos

(Foto: R7).
(Foto: R7).

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), apontam que 16 milhões de brasileiros sofrem de Diabetes. Ainda conforme o estudo, a taxa de incidência da doença cresceu 61,8% nos últimos dez anos. Sim, o Diabetes é uma epidemia global e o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking dos países com o maior número de casos. Ele só fica atrás da China, Índia e Estados Unidos.

O curioso é que, embora o fator genético contribua para o aparecimento da doença, outros fatores, atrelados à vida que se leva, aumentam as chances de alguém desenvolver o Diabetes. “A doença, tipo 2, é a mais comum. Ela ocorre mais em adultos acima dos 45 anos e em pessoas com sobrepeso, obesidade, em quem tem pressão alta, quem é sedentário, gordura no sangue, mulheres que tiveram diabetes gestacional e até em crianças, que desenvolvem a obesidade”, lista o endocrinologista de União da Vitória, Teófilo Mamcarz.

O Diabetes é comum e simples de entender. “A doença é quando acontece o aumento de açúcar no sangue. Os alimentos são transformados em glicose, fonte de energia para o organismo. A insulina é produzida pelo pâncreas, que aproveita a glicose, mas quando ele não age direitinho, ocorre o Diabetes”, sintetiza o médico. Os sintomas da doença também são bem claros e, de modo geral, aparece no cansado excessivo, na fome exagerada ou na falta de apetite, no formigamento, nas dores das pernas e das mãos. “Infecções são mais frequentes, também ocorre maior dificuldade na cicatrização de feridas e a visão fica alterada”, acrescenta Mamcarz.

Entre 2006 e 2016, o número de brasileiros com Diabetes aumentou 61,8%. Isso significa que a doença passou de 5,5% na população e, agora, atinge 8,9% das pessoas. Entre as mulheres, o índice é de 9,9% e, entre os homens, de 7,8%.

Dieta

Relativamente, todas as dietas preparadas para os diabéticos são flexíveis. De modo geral, é preciso cuidar com o consumo de doces. Mas, nada de exageros. O ideal, conforme o endocrinologista, é manter as refeições equilibradas e estar atento à quantidade de açucares dos alimentos, até das frutas. “Existem algumas frutas que tem o índice glicêmicos mais elevado, ou seja, tem mais açúcar em cada porção. A banana é em torno de 18%, a ameixa seca que chega aos 30%. O figo, a cereja, a goiaba, a manga, tem bastante açúcar”, lista.

Obesidade

Uma chamada pública do Ministério da Saúde incentiva as Universidades, públicas ou privadas, a desenvolver projetos com ações de prevenção, diagnóstico e tratamento da obesidade no Sistema Único de Saúde. Ao todo, serão disponibilizados R$ 10 milhões para o desenvolvimento de pesquisa, extensão e formação de trabalhadores na atenção básica, nível de atenção com capacidade para resolver 80% dos problemas de saúde do brasileiro. Serão selecionadas 27 universidades que desenvolverão esses projetos contra a obesidade. O objetivo do Ministério é qualificar a assistência e o cuidado para a prevenção e controle da obesidade, que já afeta 18,9% da população adulta nas capitais brasileiras.

Os projetos deverão ter a duração de dois anos, contados a partir da data de assinatura da proposta, além de obedecer a requisitos técnicos descritos no Edital. Os recursos para as Universidades foram determinados conforme análise de critérios socioeconômicos e geográficos, além da cobertura de equipes do Núcleo de Atenção à Saúde da Família na Atenção Básica (NASF-AB).

Por dentro das diferenças

Diabates tipo 1

Geralmente acomete crianças e adolescentes e concentra de 5 a 10% do total de pessoas portadoras de diabetes. Além disso, é chamada de doença autoimune, pois o sistema imunológico ataca as células beta. Dessa maneira, pouca ou nenhuma insulina é liberada para o organismo.

Diabetes tipo 2

É uma doença crônica que afeta a forma como o corpo metaboliza a glicose. A pessoa com essa versão da doença pode ter uma resistência aos efeitos da insulina – hormônio que regula a entrada de açúcar nas células – ou não produz insulina suficiente para manter um nível de glicose normal. Quando não tratado, o diabetes pode ser fatal.

Programa Hiperdia

No Vale do Iguaçu, o Programa Hiperdia atende nas unidades de saúde quem tem pressão alta e qualquer versão do Diabetes. Nele, os pacientes têm acesso à reuniões e aos medicamentos fornecidos gratuitamente via Sistema Único de Saúde (SUS). Para saber mais, basta procurar o posto de saúde mais próximo de casa.

Entrevista

Todo o conteúdo em áudio da entrevista com o médico Teófilo Mamcarz está disponível na página da CBN Vale do Iguaçu, a partir do Portal VVale. O acesso é gratuito. O endereço eletrônico é o https://www.vvale.com.br/cbnvaledoiguacu.