Sarampo avança mais de 1.000% no Paraná em 30 dias

Do dia 10 de setembro até 10 de outubro, os casos confirmados de sarampo saltaram de nove para 103

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Atualizado há 5 anos

A vacina é a única forma segura e eficaz de conter a doença (Foto: Reprodução).
A vacina é a única forma segura e eficaz de conter a doença (Foto: Reprodução).

O Paraná já tem 103 casos confirmados de sarampo. Os dados atualizados nesta quinta-feira, 10, pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) indicam que a doença continua avançando de forma escalonada no estado. Em 30 dias, os registros avançaram 1.044%. Do dia 10 de setembro até hoje os casos confirmados de sarampo saltaram de nove para 103.

A região metropolitana de Curitiba concentra quase a totalidade das confirmações da doença. Conforme o boletim epidemiológico divulgado nesta quinta-feira, 80 pessoas estão infectadas pelo sarampo apenas na capital paranaense. Outros 18 casos estão distribuídos em outros sete municípios da Grande Curitiba (Colombo, Pinhais, São José dos Pinhais, Campo Largo, Campina Grande do Sul, Campo do Tenente e Fazenda Rio Grande).

“Curitiba é a nossa maior cidade. Tem grande circulação de pessoas, incluindo um trânsito frequente de pessoas entre a capital paranaense e São Paulo”, explicou a coordenadora da vigilância epidemiológica da Sesa, Acácia Nasr. O estado paulista já registra mais de sete mil infectados e 12 mortes causadas pelo sarampo.

A médica responsável pelo setor de detecção e controle das doenças transmissíveis no Paraná explica que o sarampo é uma doença altamente contagiosa. Segundo ela, 90% das pessoas suscetíveis ao sarampo adoecem após o contato com o vírus Measles morbillivirus, causador da doença.

Vacina é a única forma de prevenção

 Diante do surto de Sarampo no estado do Paraná, a Secretaria de Estado da Saúde reforça o apelo para que a população busque a imunização. A vacina que protege contra a doença está disponível em todas as unidades básicas de saúde. A responsabilidade pela aplicação é dos municípios, enquanto o estado assume o trabalho de distribuição das doses.

“Não há outra forma. A vacina é a única forma segura e eficaz de conter a doença”, aponta Acácia Nasr.

Pelo calendário regular estabelecido pelo governo federal, a vacina tríplice viral — que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola — deve ser aplicada aos 12 meses de idade. Aos 15 meses, mais uma dose deve ser aplicada, sendo esta a tetra viral, que também protege contra a varicela (catapora).

Com o surto dos casos confirmados de sarampo em várias regiões do Brasil, o Ministério da Saúde estendeu o público-alvo para todos os bebês entre seis meses e um ano de idade.

Os adultos que não estão imunizados — ou que não tem o registro na carteira de vacinação — também deve procurar as unidades básicas de saúde. Os jovens e adultos com até 29 anos devem tomar as duas doses; os que tem entre 30 e 49 anos devem ter ao menos uma das doses registradas.