Segundo informações divulgadas pelo Correio Lageano desta quarta-feira, 4, na noite de ontem, 3, foi identificado mais um integrante da quadrilha que manteve familiares de três gerentes do Banco do Brasil (BB) de Lages como reféns, no último domingo, 1º.
Os primeiros a serem identificados pela Polícia Civil e Divisão de Investigação Criminal (DIC) do município foram Marcelo Alexandre Dantas Pires, que na verdade era Ezoel de Pires, de 42 anos, natural de Porto União (SC), Valmor da Silva Alves, de 38 anos e André Luiz Vincentino, de 31 anos.
Quadrilha
Ezoel estava sendo procurado há 5 anos por roubos a bancos em todo o Sul do País. O foragido, em 1999, também foi indiciado como chefe de uma quadrilha que havia roubado 25 bancos no Paraná nos anos anteriores.
De acordo com a DIC, Ezoel foi quem organizou toda a ação criminosa em Lages, reunindo outros integrantes da quadrilha, que estudaram as vítimas por 4 meses antes de realizar o sequestro.
Já o segundo integrante, era Valmor da Silva Alves, de 38 anos, natural de Curitibanos. Valmor, atualmente, morava em Chapecó e já estava respondendo por antecedentes de crimes como furto e roubo em Santa Catarina. Alves foi detido pela Polícia Militar em Fraiburgo (SC), logo após uma barreira feita pelos PMs na segunda-feira, 2.
Durante a ação, também foi detido André Luiz Vincentino, de 31 anos, natural de Francisco Beltrão (PR). Este também já era procurado pela Justiça por diversos crimes de roubo. André é apontado como membro de uma facção criminosa de São Paulo (SP) e tem mandado de prisão no Estado do Paraná.
Ezoel Pires
No primeiro momento, ele apresentou documentos falsos com o nome de Marcelo Alexandre Dantas, mas a polícia descobriu o nome verdadeiro. Também no final da tarde de ontem, policiais foram à localidade de São João dos Pinhais, em São José do Cerrito, onde encontraram uma mochila com farto armamento.
Passagem Livre
Com o planejamento, a quadrilha também teve acesso aos prédios das vítimas. Pois, no local havia imobilizarias atuando como franqueadoras das chaves dos apartamentos. Mas, essas empresas acabaram saindo do esquema, em virtude do baixo valor que vem sendo armazenando nas Agências Bancárias de Santa Catarina. Para eles a ação criminosa não valeria a pena para o bolso.
Fuga e pistas
O carro usado pelos criminosos havia sido roubado na capital do Paraná, e estava com a placa clonada.
Mas, antes de passarem pela barreira da PM em Fraiburgo, os fugitivos passaram pela Cidade de São José do Cerrito, e deixaram uma mochila com sete pistolas de calibres 40, 9mm e 380 e touca balaclava, utilizadas pelos sequestradores.
Parcerias
As investigações da Polícia Civil foram conduzidas em conjunto pela DIC de Lages, Central de Polícia e 1ª DP de Lages, pela Divisão Antissequestro e pela Divisão de Furtos e Roubos da DEIC.
Banco do Brasil
O Banco do Brasil não vai se manifestar sobre a tentativa de roubo à agência do bairro Coral em Lages.