Família aguarda liberação de corpos de pai e filho que morreram carbonizados

Mesmo depois de quatro meses, corpos ainda estão no IML aguardando resultado dos exames

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Atualizado há 5 anos

(Foto: Reprodução).
(Foto: Reprodução).

Familiares aguardam há quatro meses a liberação dos corpos de duas pessoas encontradas carbonizadas em uma residência entre os municípios de Palmas e General Carneiro, no fim de março. Polícia ainda investiga as suspeitas de incêndio criminoso.

Desde 25 de março deste ano, os corpos de Pedro Duarte de Oliveira Pilar e seu filho Alex, 19 anos, estão no Instituto Médico Legal (IML) de Pato Branco, aguardando resultado dos exames. Ambos morreram carbonizados na casa onde moravam no assentamento Codiga, há 90 quilômetros do centro de Palmas.

Angustiados pela demora, Sandra(ex-mulher e mãe) e Keila (filha e irmã) estão pedindo a intervenção das autoridades para liberação e sepultamento. Foi a mãe que os encontrou quando foi visitar o filho naquela manhã. “Peço ajuda para as autoridades, uma situação difícil. Nenhuma providência foi tomada, estão como se fossem indigentes no IML. Que tenham caridade com o ser humano e que liberem os corpos para o sepultamento e a família ficar aliviada”, revelou angustiada Sandra. A filha, por sua vez, disse que desde ocorrido estão buscando uma solução, mas não há muito o que fazer. “Minha vida está um tormento. Que se coloquem em nosso lugar tenham compaixão, nos ajudem”, desabafou.

O Delegado de Polícia, Felipe Souza da Silva, à época do fato citou que as vítimas provavelmente já estavam mortas ou desmaiadas e que o incêndio foi para encobrir algum vestígio. Disse também que algumas testemunhas foram ouvidas e relataram que ouviram gritos e viram alguns homens saindo em um veículo. As investigações ainda prosseguem para desvendar o crime.

Outros casos

Em outros casos que pessoas morreram carbonizadas no município, a demora para liberação dos corpos também ocorreu. Como procedimento, o Instituto Médico Legal de Pato Branco depende do resultado de DNA que é feito apenas em Curitiba. No município, houve o caso que familiares esperaram nove meses pelo resultado e só conseguiram a liberação após a intervenção do Ministério Público e Poder Judiciário da Comarca.