Golpes no WhatsApp: estelionatários criam perfis falsos para pedir dinheiro

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Atualizado há 2 anos

Os golpes de estelionato aplicados por meio de aplicativos de mensagens como o WhatsApp e pela internet dispararam no Brasil. Outro impulso para o aumento dos chamados crimes cibernéticos foi a criação, no ano passado, da ferramenta de transferência bancária instantânea chamada Pix.

Criminosos mudam as estratégias com maior frequência, sempre criativos, surpreendem os usuários mais desatentos e até mesmo aqueles que já conhecem vários tipos de golpes aplicados pela internet – rede social e demais aplicativos de mensagens.


“Todo o cuidado é pouco”

(Arquivo/Vvale)

A única certeza é que todo cuidado é pouco e que é preciso tomar todas as medidas possíveis de segurança nos celulares e nas redes sociais para evitar golpes.

Nos últimos meses, os criminosos passaram a criar novos tipos de golpes por meio do WhatsApp, além da já conhecida clonagem do celular. Agora, os criminosos usam uma foto da pessoa e a colocam no aplicativo de mensagem, mas com outro número de celular.

De posse de alguns contatos telefônicos de familiares e de amigos da vítima, o estelionatário procura por nomes que vinculem a proximidade com a vítima, se passa pela pessoa e faz contato por mensagens de WhatsApp, pedindo transferências ou depósitos bancários.

Na região do Vale do Iguaçu, por exemplo, tem sido bastante frequente os estelionatários se passarem por filho(a), mãe, pai, ou irmão(ã) das vítimas. A estratégia é sempre a mesma: o criminoso inventa alguma história e pede dinheiro, geralmente por transferência via Pix, cujo dinheiro vai para contas bancárias de “laranjas” – pessoa que intermedeia, voluntária ou involuntariamente, transações financeiras ilícitas.

Apelando para o lado afetivo das vítimas, familiares de mais uma das vítimas aqui do Vale do Iguaçu foram alvo de um estelionatário. Por pouco não caíram no golpe – o criminoso se passava pelo filho e solicitava o pagamento do boleto de um curso à mãe.

“O bandido usou a foto dele, mas com outro número de celular. Escreveu corretamente o nome dele e as mensagens também eram escritas corretamente e sem erros”, afirmou a mãe.


Dicas para não cair no golpe

Em contato com a comunicação do 27º Batalhão de Polícia Militar de União da Vitória, a PM orientou sobre as medidas a serem tomadas em um possível golpe.

(Reprodução/Internet)
  • Em casos como estes é muito importante manter a calma e ter em mente que a maior parte desses casos não passa de trote.
  • Isto posto, desconfie de números estranhos afirmando serem pessoas conhecidas; se for uma ligação de um número desconhecido afirmando ter sequestrado algum parente ou amigo e solicitando resgate, tente fazer contato com a pessoa que supostamente teria sido sequestrada.
  • Preste atenção no contexto das mensagens ou ligações. Se o texto parece estar escrito de forma estranha, apresentar falhas ou não ter o tom inerente a situação da conversa, desconfie. Tente questionar a pessoa sobre coisas que ela saberia e um estranho não.
  • Evite passar informações pessoais por meios não convencionais.
  • Caso seja vítima de golpes dessa natureza, colete evidências; registre as provas do golpe; se possível, leve as evidências até um cartório para registrar uma ata notarial para que os elementos possam ser utilizados futuramente em uma possível ação judicial. Por fim, registre um Boletim de Ocorrência da situação.