A Divisão de Investigação Criminal (DIC) da Polícia Civil de Canoinhas, com apoio do canil da Polícia Militar, prendeu na tarde desta quinta-feira, 22, um homem de 22 anos acusado de matar Antonio Machado Massaneiro, de 66 anos e seu caseiro, José Alcir Alves Cardoso de Oliveira, de 32 anos, em março deste ano.
Eles foram assassinados a tiros no dia 14 de março, na chácara de Massaneiro, na localidade de Salto d’ Água Verde, interior de Canoinhas.
De acordo com o delegado, 46 depoimentos foram colhidos ao longo do processo, o que prova a complexidade da investigação.
A investigação avançou ao ponto do delegado conseguir mandados de busca e apreensão na casa do suspeito, onde foram encontradas sete armas, munições de diversos calibres e vasto material par recarga de munições.
Após ser preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo, o acusado confessou os assassinatos.
O crime
O suspeito contou aos policiais que matou o chacreiro e seu patrão como forma de vingar a família, pois se sentia trapaceado em uma disputa por terras que teria ocorrido há mais de dez anos a sua família, além de recentes discussões por demarcações das divisas atuais dos terrenos.
Para matar os dois, o suspeito armou uma emboscada. Atrás de uma árvore, matou primeiro José Alcir Alves Cardoso de Oliveira, perto das 15h30, com dois tiros como “queima de arquivo”, depois, esperou até aproximadamente às 18 horas, quando Massaneiro chegou no local e foi procurar seu empregado, ele foi morto com sete tiros.
Além de confessar o crime, o suspeito disse que planejou os assassinatos por 30 dias, chegando a quase executá-lo um dia antes, afirmando que por causa da chuva, adiou a ação para o dia seguinte.
Vidro quebrado
Um dos enigmas do caso era o vidro quebrado da caminhonete de Massaneiro, com manchas de sangue, muito embora o corpo do empresário estivesse bastante distante do veículo.
Segundo o suspeito, foi ele quem quebrou o vidro da caminhonete com o objetivo de buscar um revólver que pertenceria a Massaneiro, porém, nada encontrou.
A polícia civil vai indiciar o suspeito por duplo homicídio, duplamente qualificado por motivo fútil e meio que dificultou a defesa das vítimas. Por enquanto, no entanto, ele segue preso por porte ilegal de arma de fogo.
A DIC planeja realizar a reconstituição do crime para os próximos dias.