Reviravolta no caso do jovem Fábio Rogério dos Santos, que estava desaparecido desde o dia 17 de junho e que apareceu morto as margens de um rio na Colônia Palmital, na região de Cruz Machado (PR). Segundo o laudo, assinado pelo médico legista Carlos Moura, Fábio morreu por hipotermia. Havia a hipótese de que o jovem pudesse ter sido baleado na cabeça, em decorrência de um ferimento encontrado no momento em que seu corpo foi resgatado.
O investigado pela morte de Fábio, identificado como Sergio Graneter, confirmou que atirou com uma espingarda calibre 32 nas pernas da vítima.
Segundo as investigações inconclusas da equipe de investigação da 4ª SDP, chefiadas pela delegada operacional Tathiana Guzella, a vítima, após receber o tiro, correu se embrenhando no mato, ferido e, supostamente alcoolizado, já que teria ingerido várias doses de cuba em um bar pouco antes dos acontecimentos.
Os motivos que levaram o investigado a atirar contra Fábio estão sendo levantados com a ajuda de várias testemunhas. Os investigadores encontraram uma luva e fragmentos das roupas de Fábio no caminho até o rio.
Desacordado e ferido, Fábio teria morrido por hipotermia, segundo o laudo do IML, o qual a reportagem do Portal Vvale teve acesso na manhã de quarta-feira, 24.
A hipotermia ocorre quando a temperatura corporal do organismo cai abaixo do normal (35°C), de modo não intencional, sendo seu metabolismo prejudicado. Se a temperatura ficar abaixo de 32°C, a condição pode ficar crítica ou até fatal. Temperaturas quase sempre fatais, são aquelas abaixo de 27°C. No entanto, há relatos de sobreviventes com temperaturas inferiores a 14°C.
A moto da vítima e a espingarda do investigado foram encontradas e apreendidas pela Polícia Civil. As investigações devem estar finalizadas até sexta-feira, 26, segundo a delegada.
Relembre o caso
De acordo com a esposa dele, Cristina Borysiuk, Fábio desapareceu na quarta-feira, 17, quando saiu de casa, por volta de 22h15, em direção à Cruz Machado. Cristina disse que o marido foi a Cruz Machado procurar um cachorro de caça que estava desaparecido e, deste então, não voltou para casa. A delegada Tathiana Guzella abriu investigação para apurar o sumiço da vítima na manhã de sexta-feira, 19. Depois do registro de desaparecimento, o Serviço Reservado da PM e os investigadores da 4ª SDP levantaram as informações que convergiram para o suspeito.