Carisma piamartino

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Atualizado há 9 anos

Neste mundo pós-moderno se percebe que as problemáticas do público juventude estão cada vez mais intensas devido ao bombardeio de ideologias que descontroem a história sublime e a vida bela dela. A origem do caráter disforme em nosso tempo se dá com a capitalização da pessoa como produto, algo bem nítido no século XVIII-XIX no ambiente europeu. É justamente neste ambiente que muitos santos humanos são inspirados pelo Espírito Santo a cuidarem dos jovens oprimidos pelas indústrias. É na Itália que surge São João Batista Piamarta (1841-1913) com uma sensibilidade as crianças e jovens de darem uma nova perspectiva de vida coroada com o termo carisma, que posteriormente seus seguidores, padres, religiosos e leigos, chamarão de carisma piamartino.

O Carisma piamartino, como todo outro carisma, nasce de Deus, mas é condicionado pelos fatores históricos. Assim, o tema da juventude é algo que se torna fértil na modernidade e na pós-modernidade. Todo membro que quer cuidar e se doar pelos jovens deve ter uma vida de oração e uma vida de trabalho, que se condensa no termo latino Pietas ei Labor (Oração e Trabalho). Aqueles que querem amar a juventude devem possuir essas atitudes de entrega a Deus e empenho de si para a construção do Reino de Cristo já na Terra.

Cuidar da criança, adolescente ou jovem nunca foi e nunca será algo fácil. Por isso, quem se dedica a esse estilo de vida deve possuir um espírito de austeridade, ou seja, seriedade no que faz. Todos os instrumentos pedagógicos devem ser utilizados para a educação, mas o principal que São Piamarta mais utilizava era a presença. Não uma presença punitiva para perceber somente os erros das crianças e nem um “tempo perdido” por eles. Essa presença deve ser vitalizada pelo cuidado, atenção, estímulos positivos, correções dos erros com incentivos positivos de melhoria de si. Assim, o ideal do fundador do carisma dará frutos numa formação integral da pessoa humana nas necessidades básicas (alimentação, moradia, educação), nos projetos de vida (profissionalização, trabalho, vocação) e na dimensão espiritual (Salvação da pessoa em Deus).

Concluindo: todo piamartino tem seus erros e fraquezas. Todavia, a virtude que não deve ser esquecida em sua vida é a gratidão. Essa virtude, que agrada tanto a Deus como ao próximo, é o ponto final e inicial de quem descobriu um sentido na vida que vai além dos desafios e decepções neste mundo.

São João Batista Piamarta, rogai por nós!!!

Ir. Davi, F.N.