Embora as férias escolares já tenham acabado – ou quase – o Vale do Iguaçu reserva roteiros bem interessantes para quem ainda tem um tempinho na agenda para curtir, sozinho ou acompanhado. Alguns, inclusive, são bem próximos.
Quem opta por passeios na área urbana, por exemplo, pode gostar da Estação Engenheiro Mello. Ela está desativada mas bem conservada e tem o primeiro túnel, a partir da Estação União, próximo, a 500 metros da arquitetura. O túnel é curto, permite o passeio dentro dele – a pé – e causa admiração entre quem se aventura: no final dele, luz e um verde intenso, de mata. Um aviso: em dias quentes, é melhor ir de bota ou nem entrar. É que as cobras – sim, há algumas, conforme os moradores – saem da toca e podem estar por ali, descansando.
A Estação também é um dos endereços mais queridinhos dos fotógrafos que, por lá, combinam o estilo retrô com a elegância da arquitetura clássica em montagens lindas. A vila, onde moravam os ferroviários, continua sendo a casa dos descendentes. O conjunto é aconchegante e idêntico. Para a comunidade do local, a prefeitura de Porto União estuda um projeto bem bacana.
É uma novidade, talvez até para os moradores da estação. De acordo com o vice-prefeito de Porto União, a proposta é integrar alguma secretarias – entre elas, Agricultura, Ação Social e Turismo – e levar até à vila um pouco mais de sustentabilidade e produção. “Estamos pontuando vários projetos já que temos a intenção de ajustar a Estação”, comenta. Integrar a comunidade, oferecendo a chance de restauração das casas e fomento de pessoas, é o grande xis da ideia. É provável que o projeto conte com apoio da América Latina Logística (ALL) apoie o projeto, oferecendo a limpeza dos trilhos e entorno.
Tem muito mais
No Vale do Iguaçu, os atrativos podem até não serem exatamente percebidos. Mas estão por ai. São cachoeiras, imóveis do patrimônio e praças dispostas em locais seguros e de fácil acesso. De maneira especial, o próprio Rio Iguaçu, pela dimensão e possibilidades, já é um atrativo suficiente para garantir a visita de turistas ou o carinho de quem mora perto dele.
A rota das cachoeira, por exemplo, ainda é um importante roteiro da cidade. Anda ao lado desta aposta o city tour e a visitação no Parque Histórico Iguassu (a 30 quilômetros do centro), do jornalista Dago Woehl.
Em Porto Vitória, cidade que fica a 15 minutos do centro de União, é possível visitar a cachoeira – cartão postal da cidade – e desfrutar de pousadas coloniais, com café igualmente típico.
Já em Porto União as opções se desdobram e no aspecto rural, promove a exploração de pousadas nobres. Elas estão no distrito de Santa Cruz do Timbó e oferecem uma série de atrações paralelas, que vão desde passeios a cavalo à pescaria na beira do rio. A maioria delas fica próximo de grandes cachoeiras, que podem ser acessadas de maneira rápida e segura. Neste campo, as quedas do KM 13 e Rio Bonito tem sido especialmente visitadas. De cunho religioso, além das igrejas antigas – como a de pedra, em São Miguel da Serra – há também o Parque Monge João Maria, no centro, na Rua Sete de Setembro. A Via Sacra no aceso ao Morro da Cruz, inaugurada há pouco tempo, também recebe um bom fluxo de visitantes.
Majestoso Iguaçu
O Rio Iguaçu banha as Cidades Irmãs. Além de bonito, ele permite o trânsito de embarcações e mais recentemente, tem sido carinhosamente escolhido para manobras de moto aquática (Jet Ski).
Para quem não é fã do estilo radical, a pescaria é bem-vinda. O Iguaçu dispõe de peixes pequenos mas, conforme os pescadores de plantão, bastante saborosos. Ao longo de sua extensão, na área urbana, há diques e rampas de acesso. A atração é pública, pode ser usada quando quiser e é de graça.
Estação Engenheiro Melo
O tempo passou e ela acabou sendo abraçada pelo bairro Bela Vista, em Porto União. A estação foi inaugurada em 1908 mas, com seu antigo nome: Legru. Na época, o jornal, O Estado de São Paulo noticiou a inauguração. Conforme a reportagem, o nome Legru era uma referência ao banqueiro francês, Hector Legru, um dos sócios de Percival Farquhar, na Brasil Railway, empresa ferroviária. Em 1936, porém, ela já tinha o nome de Engenheiro Mello, uma homenagem a um dos profissionais que trabalhou na ferrovia.