NEGÓCIO DE FAMÍLIA: Açougue Catarinense há 66 anos no ofício

A comemoração da instalação é digna de festa. A narrativa é da terceira e da quarta geração da família

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Atualizado há 7 anos

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Marcel e Caio Sedano Rodrigues em entrevista à Super Rádio Difusora União.

Uma empresa que sobrevive além dos primeiros dois anos é uma conquista; porém comemorar 66 anos é notável, digno de uma grande festa. É assim que Marcel e Caio Sedano Rodrigues, pai e filho definem um empreendimento que nasceu tímido em Porto União, mas que hoje, está alçando voos por todo o País.

O Açougue Catarinense comemora em 2017 seus 66 anos de história em Porto União. Sua biografia foi narrada para o Projeto “um dia na história”, idealizado pelo Professor Aluizio Witiuk, com o objetivo de valorizar as empresas que acreditaram no Município e, que no ano de seu Centenário, prestam a sua homenagem como empresas fortalecidas no setor econômico local.

O tempo passou e a casa de carnes permaneceu dentro da mesma família. O comércio teve início em 1951 em uma sala pequena, na Rua Matos Costa, mais especificamente do outro lado da rua de onde a empresa se instalou um ano depois e, permanece até hoje.

Marcel atribuiu o sucesso da “Família Catarinense” ao Avô, Romualdo Mello, que foi delegado na cidade vizinha de Matos Costa e paralelamente atendia em um modesto açougue na região, em meados de 1949. “Em 1951 ocorreu um problema de saúde na família e, em razão disso, o meu avô veio à Porto União. Foi então que decidiu apostar no Município e investir no comércio de carnes”.

Seu Romualdo era um homem de pulso firme e não titubeava em desistir por nada. Foi então que em 1952 teve a abertura do Açougue Catarinense de maneira legal. O alvará foi emitido pelo Executivo Municipal assinado pelo prefeito da época, senhor Alfredo Metzler – também um dos precursores da Chevrolet Metzler no Município. “O documento foi escrito de próprio punho. Meu avô sempre teve uma valorização muito grande pelos documentos da empresa, sempre quis tudo certinho. E foi ele quem legalizou toda a documentação”, conta Marcel.

Marcel conta que seu Romualdo sempre ansiou a família por perto. É por isso que a empresa virou negócio de ‘família’. “Ele sempre quis os filhos por perto, depois a minha mãe, minha tia. Foram os meus tios – Silvio e Ivo – que ficaram encarregados na época pela compra dos bois para o abate. Mais tarde o meu avô foi distribuindo as atividades para os seus colaboradores”.

Conhecimento de cortes

O legado deixado pelo avô foi com relação aos cortes das carnes e o preparo dos embutidos. Marcel não recorda a data, mas diz que no início da instalação da empresa o senhor Carlos Prates, amigo do seu Romualdo, veio da Alemanha para contribuir com a casa de carnes em Porto União. “Meu avô chamava ele de mestre em se fazer embutidos, como salames, queijos, entre outros. Todo o conhecimento foi repassado para os demais familiares”.

Depois os trabalhos foram comandados pelos pais de Marciel, senhor Gilson e Ivone (a dona Nena). Conta Marciel, que a dona Nena foi convidada para integrar os trabalhos do Açougue Catarinense. Ela escreveu de próprio punho todas as receitas para o preparo dos embutidos. “Minha mãe sempre pensou nos clientes, na maneira para com o atendimento. Já meu pai tinha espírito empreendedor, e ele conseguiu a excelência em carne que ele desejava naquela época”.

O Açougue Catarinense é especializado em aves, carnes e pescados.  Também recentemente abriu um estabelecimento no ramo em União da Vitória e em Caçador. Há também uma franquia da Sedano’s em Joinville.

Selo do SISBI

A empresa foi contemplada em 2014 com o selo do Ministério da Agricultura, que liberou à empresa de Porto União, o selo do Sistema Brasileira de Inspeção (SISBI). Na prática, isso significa a colocação da carne Sedano’s em qualquer gôndola brasileira.

 

Foto: Mariana Honesko