Ontem, 29, cerca de 1400 alunos retornaram às salas de aula da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) campus de União da Vitória. Os professores da Unespar ficaram em greve por 69 dias – contando o primeiro e o segundo momento da greve que teve início em 27 de abril – e decidiram pôr um fim ao movimento na última quarta-feira, 24, em uma assembleia no campus. Outros campi da Universidade também realizaram assembleias no mesmo momento e optaram pelo fim do movimento.
A decisão pelo encerramento foi maioria, 45 votos pela saída contra 4 abstenções e nenhuma posição negativa. No entanto, a sensação pós-greve não é de vitória, disparou Samon Noyama, um dos representantes do comando de greve local, após a assembleia. “O sentimento é de que perdemos muita coisa, essa derrota que a gente teve em relação à data base”, apontou. “Mas conseguimos consolidar algumas outras, importantes na universidade em relação ao movimento sindical que se consolidou”, completou Noyama.
As atividades no campus recomeçaram justamente após dois meses do “massacre” no Centro Cívico de Curitiba, quando 200 manifestantes ficaram feridos, a maioria deles professores. O dia 29 de abril já entrou para o calendário de alguns professores como um dos mais violentos contra a categoria.