UNESPAR: Prazo termina e IEPS segue sem funcionar

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Atualizado há 7 anos

(Foto: Arquivo).
(Foto: Arquivo).

Terminou no começo do mês o prazo para que a sinalização de interesse de uma nova equipe para comandar as ações do Instituto de Ensino, Pesquisa e Prestação de Serviços (Ieps). O órgão está ligado ao campus de União da Vitória da Unespar.

Foram 90 dias de prazo, até que alguém ou mais pessoas, mostrasse a vontade de assumir, sem remuneração, a gestão do Ieps. Até agora, isso não ocorreu. “Nos últimos anos, o instituto não se auto sustentou, deixando de prestar auxílio. Seria interessante se o Ieps continuasse porque ele poderia prestar concursos, cursos de aperfeiçoamento de começo de ano, participar de licitação. O problema nosso é na administração do Instituo”, afirmou o diretor do campus, Valderlei Garcia Sanches.

Mas, o Ieps não deve ter vida longa, de fato. É que, conforme o diretor, o Regimento Interno mudou desde a inclusão da então faculdade – a Fafi – à Unespar. “O Ieps matinha alguns funcionários, tinha a pós-graduação. Já foram ofertados vários cursos de pós e não houve clientela, que era o que mantinha o Iesp. Por isso, os funcionários foram desligados”, explica. Apenas dois profissionais seguem na instituição, com funções gratificadas. “Mas hoje, mesmo aberto, o Ieps não tem arrecadação e por isso não consegue manter os funcionários”, completa o diretor.

No auge, o Ieps contribuiu muito para os cursos de pós e de especialização, bem como no custeio de algumas intervenções na estrutura física do espaço. Com o dinheiro gerado, ainda, os funcionários eram pagos. “Hoje o instituto também seria importante se continuasse com prestação de serviço, tendo arrecadação. Mas, não temos pessoas que aceitem gerir o Ieps, até porque isso também é voluntário, o que torna um pouco mais difícil. É uma carga horaria grande, sem remuneração”, lamenta. “A situação é chata, mas chegou num ponto que está sendo ficicl manter o Ieps aberto”, conclui. O último endereço do escritório onde o Ieps funcionava, na Avenida Bento Munhoz, foi fechado por não ter condições para o pagamento de aluguel. Hoje, funciona no local um escritório de advocacia.

Entenda essa notícia

Recentemente, O Comércio mostrou os detalhes de todo o trâmite que envolve o Ieps. Na ocasião, os “capitães” deste projeto, os professores, Paulo Sérgio Meira Rocha e Elizabete de Fátima Santos Gomes Empinotti. Certos de que fizeram um bom trabalho no instituto – que funciona desde 2012 no campus da Unespar, em União da Vitória – se diziam tristes por estarem diante de um possível encerramento das atividades. “Porque o Instituto trouxe coisas boas para a faculdade, para as prefeituras, foi uma mola que ajudou professores, acadêmicos e a sociedade civil”, lamentava Paulo. “Se nosso trabalho foi voluntario e grande, foi por acreditar no Instituto e ver os benefícios que ele proporcionou para toda a região. Como a gente trabalhava tanto, é com tristeza que vemos esse possível fechamento”, completava Elizabete.

Para o ponto final, dois motivos são apontados por Elizabete e Paulo: a nova postura da reitoria, que defende o fim dos polos do Ieps mas sim a criação de um único centro, para a gestão de todos os campi, e também a ausência de interessados para continuar com o trabalho que, sim, é voluntário.

Nem Paulo nem Elizabete, podem continuar no comando, já que se for assim, ultrapassam os prazos permitidos, ditados pelo regimento do Ieps. A contagem regressiva para o ingresso de novos gestores começou a 90 dias, quando, em reunião, a diretoria, os conselhos e os instituidores, o Iesp foi colocado à disposição. O trâmite de transição e possível fechamento é acompanhado por uma comissão, formada pelo diretor do campus em União, Valderlei Garcia Sanches, pelo professor, Antônio Santiago e a diretoria do Centro de Áreas, Karen Brito. Neste período de 90 dias – já encerrado – ninguém mostrou interesse em “tocar” o instituto.

Sobre o Ieps

O Ieps também era responsável pelos cursos de pós-graduação, mas, é também política da reitoria, incentivar os cursos de Mestrado. Logo, o instituto fica fora do modelo.

O Instituto era mantido pelos recursos que vinham dos projetos e serviços administrados por ele. Vinha, portanto, do xeróx, da cantina, e também pelo pagamento das prefeituras e outros órgãos, pela realização de concursos e treinamentos.