A arte tem sido usada como terapia para o mundo conturbado que todos estamos inseridos, mas entre pintura, dança, música, literatura, poesia, teatro ou qualquer outra manifestação cultural, algumas pessoas descobrem talentos que nem imaginavam.
Um desses talentos na arte em madeira, é o advogado Rogério Stasiak (foto). Quem conhece o compenetrado profissional de direito, talvez não saiba da sua paixão por arte em madeira.
Entre seus afazeres profissionais, Stasiak tira onda de artesão, com trabalhos muito bem elaborados e com técnica refinada.
“Não é para comercializar, eu faço porque gosto, tenho uma oficina e algumas obras eu dou de presente, mas só algumas”, disse meio tímido.
Ele conta que sempre teve intimidade com a madeira e gosta de dar forma para construir maquetes e outros objetos.
Ele fez duas maquetes da igreja Matriz da cidade de Porto União, porém uma delas foi considerada imperfeita por conta do material usado. “Ficou ruim de esculpir os detalhes porque começou a esfarelar, mas a segunda ficou bonita, deu para entalhar direitinho os detalhes”, comenta feliz. A miniatura da igreja será doada à paróquia.
Outros talentos
Dois outros talentos da terrinha também se destacam. Um deles é o ferroviário de corpo e alma Luiz Jorge Uliniki (ao lado, à esquerda). Especialista em miniatura, como Stasiak, o artista já fez réplicas perfeitas da antiga Casa Cultural de Porto União, do Castelinho Anibal Khury e de outros vários imóveis históricos ou não.
Uliniki também faz miniaturas em madeira de motocicletas, trens, vagões e carros antigos. Seu acervo é impressionante. Suas páginas nas redes sociais têm amostras de seu talento único, que merece ser valorizado e enaltecido.
Outro talento que dispensa comentários é o artista plástico Roque Correa (foto à direita), reconhecido pelo talento, mas ainda não teve a valorização que merece.
Assinou vários monumentos, principalmente em Porto União, genioso e irreverente, Roque deixa sua marca pessoal em várias manifestações artísticas locais e regionais. É dele, por exemplo, a Via Sacra do Morro da cruz em Porto União.
Seja por hobby, como o advogado Rogério Stasiak ou para viver de arte, nossos artesãos precisam de maior visibilidade.
Um exemplo que poderia ser “importado”, é a Feirinha do Largo da Ordem em Curitiba, onde artistas dividem um democrático espaço com vendedores de antiguidades, expositores de carros antigos ou com as barracas gastronômicas.
A feira é tão importante que atrai gente de todos os lugares do país. Copiar ideias vitoriosas como essa não é nenhuma vergonha para quem cuida da nossa cultura e turismo.
