A associação dos Pecuaristas do Vale do Iguaçu procurou alguns vereadores para interceder ou legislar sobre um pedido de comodato de uma área aproximada de 5 mil metros quadrados, que compreende as baias, o mangueirão e dois barracões da antiga Fricesp. O pedido gerou tensão, no momento em que a Prefeitura se prepara para alienar a área por licitação para a iniciativa privada. De acordo com o Projeto de Lei 95/2015, a área total da Fricesp, situada no Bairro Jardim Roseira, tem 55.518,16 m². De acordo com o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Urbanismo de União da Vitória, Luilson Schwartz, a alienação do terreno será por meio de Licitação modalidade Concorrência Pública, do Parque de Exposição Jaime Ernesto Bertaso para fins de incentivo ao desenvolvimento econômico e industrial em União da Vitória, nos termos da Lei 3022/93.
Enquanto o Projeto de Lei tramita nas comissões e deverá ser votado em turno único na reunião ordinária desta segunda-feira, 30, uma reunião envolvendo vereadores e o representante da Associação dos Pecuaristas, Luis Darci Hobi, convocada pelo vereador Mário Pereira Ferreira (SD), na manhã de ontem, tentou explicar que os barracões e as baias foram reivindicados pela Associação, que se comprometeu a cuidar do local. A Associação disse que os barracões aumentariam a área e poderiam servir para balcões de negócios do setor.
O que diz Schwartz
Falando em nome da Administração Municipal, Schwartz disse que é perfeitamente compreensível ceder a área do mangueirão, das baias e do galpão de leilões para a Associação, mas que a prefeitura não vai mexer no Projeto de Lei que está na Câmara. O secretário disse que se mexer no Projeto de Lei 95/2015 a empresa pode desistir de participar da licitação. A base aliada do prefeito na Câmara deve garantir a aprovação do Projeto de Lei. “Sabemos que alguns vereadores vão votar contra, mas decidimos ir para o voto”, disse o secretário.
Participaram da reunião com Luis Darci Hobi, os vereadores Ricardo Adriano Sass (PSC), Mário Pereira Ferreira (SD), Altamir Moreira de Castilho (PDT), Carlos Topolski (PSB) e Waldir Cortellini (PSB). O maior defensor do desmembramento e do comodato é o vereador Sass. Cortellini disse que a discussão só avançaria se houvesse um compromisso dando garantias que a Associação usaria os barracões, depois de reformar e mantê-los, por meio de comodato. Ele alertou ainda que só a discussão sem propostas concretas não mudaria a situação. Schwartz, que esteve na Câmara e conversou com os vereadores envolvidos na reunião, disse que a Administração apoia a Associação de Pecuaristas, mas que o Projeto de Lei será votado como foi enviado à Câmara de Vereadores.