Caçamba gratuita só para pequenos geradores de entulho

Cessão de contêiner muda a partir do dia 17. Grandes geradores, porém, vão precisar pagar pela produção

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Atualizado há 10 anos

Por Mariana Honesko

Entulho 2
Caçambas são da Ecovale mas devem receber nova identificação visual: agendamento é por telefone e cessão dura quatro horas

A prefeitura de União da Vitória anuncia mudança no sistema de coleta de resíduos gerados pela construção civil e limpeza de jardins. A iniciativa é uma mobilização liderada pelo projeto EcoCidade e tem início no dia 17. A medida, mais do que uma cidade limpa, prevê a organização do que é gerado a partir dos muros residenciais.

O novo modelo apresenta vantagens especialmente para quem gera entulho em pouca quantidade. Conforme a assessoria de imprensa da prefeitura, entulhos que cabem em até três carrinhos de mão ou dois sacos de cem litros cada, podem ter seu recolhimento agendado e gratuito. “A pessoa vai precisar ligar e agendar a caçamba”, explica o assessor Luciomar Castilho. A cessão é gratuita e a caçamba ficará na frente da casa do morador. O recolhimento do entulho precisa ocorrer em até quatro horas e o lixo não pode ser colocado na calçada ou na rua antes da chegada do contêiner. “Este período de quatro horas evita que outro tipo de material seja colocado na caçamba. Mesmo assim, o morador que colocar outro material, vai ser multado por isso”, explica Castilho. Os contêineres podem receber tijolos, galhos, folhas e telhas.

As caçambas serão recolhidas pela Ecovale, empresa que explora a coleta nas Cidades Irmãs, responsável pela destinação do material. Grandes geradores de lixo, contudo, precisam pagar pela produção. Neste caso, a Ecovale gerencia a cessão de caçambas, bem como seu recolhimento e destinação. Com a coleta dos resíduos dos pequenos geradores, as caçambas públicas não serão mais colocadas em locais estratégicos. “A campanha é um incentivo para que a cidade permaneça limpa”, sinaliza o assessor de imprensa.

Aumento de vida útil para o aterro

A destinação mais seletiva dos resíduos sólida representa um alívio para o Aterro Sanitário do município. A separação, em casa, pode aumentar, inclusive, a duração do espaço. Antes do nascimento do projeto EcoCidade, apenas 2% de tudo o que era coletado na cidade – cerca de 16 toneladas –, era reciclado.

Uma visita ao aterro comprovava os números: nas montanhas de lixo, era nítida a presença em massa de material passível de reaproveitamento. Além disso, restos de construção civil e de jardim, camuflado ao lixo orgânico, também tinham como destino final o aterro. O resultado é uma conta que não fecha: muito lixo, para pouco espaço. Os efeitos da falta de separação afetam, inclusive, os cofres públicos. De acordo com o coordenador do projeto EcoCidade, Sidnei Cieslak, a nova vala inaugurada no município em outubro do ano passado, custou R$ 190 mil. “Muito desse material que não poderia ir para o aterro acabava indo porque as pessoas disfarçam esse resíduo com outro tipo de lixo. Diluído, ia com o orgânico, para o aterro”, explica.

Adesão em São Cristóvão

O EcoCidade levou para o distrito a coleta seletiva. Ela ocorre desde fevereiro e, apenas neste mês de estreia, recolheu das ruas mais de 95 toneladas de lixo, bem mais do que recolhiam os caminhões em toda a cidade de União da Vitória em um mês de trabalho. “A comunidade aderiu muito bem. Praticamente toda ela, com poucas exceções, participa da coleta seletiva”, confirma o coordenador. No distrito, a coleta ocorre nas terças e aos sábados.

Identificação

As caçambas devem receber revitalização, para diferenciar a estrutura dos demais projetos de coleta. Os contêineres, de três tamanhos distintos, são da Ecovale e, por enquanto, identificados a partir da logomarca e cores da empresa.

Agende sua caçamba

Diante da demanda, o morador que pensa em reformar, precisa se organizar e deixar previamente agendada a caçamba. O telefone 3522-3266 deve ser usado para agendamentos.