GREVE DOS BANCÁRIOS: Nas Cidades Irmãs, agências continuam com portas abertas

Em União, o momento é de estado de greve. Já em Porto União, bancários esperam por assembleia

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Atualizado há 9 anos

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(Foto: Arquivo).

Ontem, 6, agências bancárias das capitais do Brasil, e algumas do interior, entraram em greve. A paralisação é por conta de um pedido de reajuste no salário de 16% com reposição da inflação (mais 5,7% de aumento real), mais participação nos lucros, distribuição de 5% a 15% do lucro líquido aos bancários, como regra básica, além da parcela adicional que distribui mais 2,2% do lucro de cada instituição.

A paralisação foi decidida depois de 40 dias de negociações entre representantes dos trabalhadores e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A Fenaban ofereceu 5,5% de reajuste para os salários e vales. A proposta inclui abono de R$ 2,5 mil, não incorporado ao salário.

Em nota, a Federação informou que continua aberta às negociações e que a proposta apresentada às lideranças sindicais prevê a participação nos lucros dos bancos, de acordo com uma fórmula que, aplicada, por exemplo, ao piso de um caixa bancário, de R$ 2.560,00, pode garantir até o equivalente a quatro salários.

No entanto, nas Cidades Irmãs, a situação da greve é ainda incerta. Do lado de União da Vitória, os bancários estão em estado de greve, pois, conforme o Sindicato dos Bancários, esperam pelo desenrolar do movimento a nível nacional. O estado de greve foi definido em uma assembleia com os bancários no mês passado. A  próxima está marcada para amanhã, 8. “Vamos decidir se continuamos em estado de greve ou não”, contou Dirceu Rogério Cândido, vice-presidente do Sindicato.

Já em Porto União, a assembleia entre os bancários ocorre hoje. Ao logo do dia os líderes sindicais irão conversar com os funcionários das agências e definir se entrarão em greve ou se irão optar, também, pelo estado de greve. O motivo é semelhante ao da cidade vizinha. “Eles (bancários) querem ver como fica a greve em âmbito nacional”, comentou uma funcionária da entidade.

As reivindicações dos agentes bancários locais são as mesmas que o restante do País. Contudo, as pautas mais discutidas são a contratação de mais funcionários, plano de carreira e o fim do assédio moral dentro das agências. “Antes era mais recorrente em bancos privados agora os públicos também estão assim”, comentou Dirceu. “Eles colocam metas inalcançáveis”, disparou.

Pagamentos

Segundo o Instituto de Defesa do Consumidor (Procon), embora a greve não afaste a obrigação do consumidor de pagar as contas até o vencimento, a empresa credora tem que oferecer outras formas e locais para que as quitações sejam feitas. As formas de pagamento variam de acordo com a empresa, no entanto, os pagamentos bancários podem ser feitos em estabelecimentos filiados com a agência bancária – como farmácias, Lotéricas e supermercados. Outra opção é o atendimento online pela internet banking, ou aplicativos de celular. Um acordo com a empresa credora também pode ser feito. Nesse caso é necessária a confirmação por e-mail ou fax do combinado.

Quem tem benefícios para serem sacados, segundo a Fenaban, pode fazer saques por meio da rede de caixas eletrônicos 24 horas e caixas eletrônicos dos bancos. Nos caixas eletrônicos, os saques noturnos são limitados a R$ 300,00 e o valor para saque diurno varia conforme a instituição. O atendimento dos caixas 24 horas não serão suspensos durante a paralisação, apenas o atendimento ao público.

No Paraná

De acordo com o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, ao menos onze centros administrativos não abriram ontem.

Em Santa Catarina

Bancários do estado entraram em greve ontem, afetando agências privadas e públicas. Até o fim da semana, deve acontecer na Grande Florianópolis um ato para marcar a greve da categoria, como uma caminhada.