Por Mariana Honesko
Começou nesta quarta-feira, 23, e não tem data para ser encerrada a greve dos professores da rede pública do Paraná. Em União da Vitória, a adesão já é de 85% dos profissionais da categoria. Os índices, divulgados na quarta-feira em um encontro da classe, seguem similares na região atendida pelo Núcleo Regional da Educação (NRE). A exceção é para o município de Paulo Frontin, que tem 100% de adesão e, na outra ponta, Paula Freitas, com 65%, menor índice da microrregião.
Os manifestantes estiveram reunidos no auditório da Fundação de Cultura. Por lá, exibiam faixas com “gritos” de protesto contra o governo de Beto Richa. Conforme antecipado pela APP Sindicato, que coordena as ações na região, pelo menos 14 motivos justificam os “braços cruzados”.
De modo geral, a categoria exige o cumprimento da Lei Nacional do Piso, além do reajuste de 10,6% e 33% de hora-atividade para que os professores possam preparar suas aulas. O magistério ainda cobra R$ 100 milhões relativos à avanços e progressos não pagos, ampliações e reformas. “Isso está se tornando uma bola de neve, que não sabemos onde vai parar”, enfatiza a presidente da APP em União da Vitória, Maria Regina Martins Gelchaki.
O NRE vê a manifestação como direito mas defende os avanços já feitos para o setor. “É um momento importante, de reivindicação, de reflexão. É hora de somar as lutas e as conquistas da categoria. Não sou contra a APP. Ela tem sua importância, mas precisamos reconhecer que houveram, sim, inúmeros avanços”, destaca o chefe da unidade, Ricardo Brugnago.
Em União da Vitória, ao longo dos próximos dias, os professores devem distribuir material informativo na comunidade, para reforçar os motivos da paralisação. Os atos serão populares, já que ocorrem nas praças e nas principais vias.
Mandar ou não para a escola?
Ainda há muita dúvida entre os pais. A maioria não sabe se leva os filhos para a escola nos dias de greve. A recomendação da APP é para que cada estabelecimento seja consultado previamente. Como a adesão não é total, há professores que se mantém em sala de aula e quem vai à escola, tem aula. A reposição das aulas ainda não foi definida.
Adesão
Antônio Olinto – 95%
Cruz Machado – 90%
General Carneiro – 70%
Paulo Frontin – 100%
Paula Freitas – 75%
Bituruna – 65%
União da Vitória – 85%