OMS recomenda que homens gays ativos tomem antirretrovirais

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Atualizado há 10 anos

Gráfico AntirretroviraisA Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou, pela primeira vez, que homens gays ativos tomem medicamentos antirretrovirais além de usar preservativos para evitar contaminação pelo HIV. A organização afirma que o que chama de “medicamento de profilaxia pré-exposição” pode reduzir a incidência do HIV entre 20% e 25% globalmente, segundo estimativas. De acordo com a entidade, a medida poderia evitar até 1 milhão de novos casos nesse grupo em um período de dez anos.A OMS define que a “profilaxia pré-exposição é uma forma de as pessoas que não têm HIV, mas que correm o risco de infecção, prevenirem-se tomando uma única pílula (geralmente uma combinação de dois antirretrovirais) todos os dias”.A organização também afirmou em sua declaração que grupos importantes – não apenas homens que têm relações sexuais com homens, mas também “detentos em prisões, pessoas que usam drogas injetáveis, prostitutas e transgêneros” – não estão recebendo serviços adequados em prevenção e tratamento do HIV e isso ameaça a resposta global ao avanço do vírus.Dados divulgados pela Unaids, programa conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, aponta que o índice de novos infectados pelo vírus no Brasil subiu 11% entre 2005 e 2013, tendência contrária aos números globais, que apresentaram queda. No mesmo período, a quantidade de casos no mundo caiu 27,5%, de 2,9 milhões, em 2005, para 2,1 milhões, em 2013. Desde 2001, a queda foi de 38%. O relatório destacou ainda que 35 milhões de pessoas viviam com o HIV em 2013, um número um pouco superior aos 34,6 milhões de 2012. Segundo o relatório da ONU, o Brasil tinha 730 mil pessoas com Aids vivendo no país em 2013, número que representa 2% do total mundial. Estima-se que 44 mil pessoas tenham contraído o HIV apenas no ano passado, montante que também representa 2% do total global.

Fonte: aids.gov.br, OMS