Mais problemas na Padre Landel de Moura. Na rua do Bairro Jardim Oliveira, em Porto União, em toda sua extensão, há pontos que precisam ser consertados. Muros que caem com a força da terra, moradores que temem a chegada das chuvas e, com elas, os desbarrancamentos, buracos que se formam dentro dos terrenos que não tem por onde escoar a água e, agora, outro buraco, no meio do asfalto.
Na verdade esse buraco se formou logo após a enchente de julho, quando as duas cidades sofreram com a força da água. Contudo, a Defesa Civil do município, junto com o setor de Obras e Planejamento, interditou o local, colocando madeiras que sinalizam a falta de asfalto.
Os moradores reclamam que até pouco tempo as atividades seguiam com normalidade, mas, pela falta de segurança, a empresa Piedade – que administra as linhas de transporte público na cidade, decidiu por cancelar a linha que passa pela região. Segundo o gestor da empresa, Leandro Kretschmer, essa é uma medida temporária, até o problema do buraco ser consertado. “Não tem como a gente deixar um ônibus de 30 ou 40 passageiros passar por lá, vai que um dia cai?”, questiona. Antes do cancelamento definitivo da linha, a Piedade trocou de ônibus e deixou trafegando na região um micro-ônibus. “Só um ponto não está sendo atendido, o resto está normal. Atendemos as duas extremidades do Bairro, por onde conseguimos passar”, completa Kretschmer.
Do lado da prefeitura a informação é de que a obra de reconstrução não será feita neste ano. Segundo o secretário de Planejamento, Cláudio Tilgner, assim que se formou o buraco a Administração elaborou um projeto e enviou para o Governo Federal. “O projeto está para avaliação no Ministério da Integração, mas ainda não tivemos resposta sobre a liberação do recurso, estamos esperando. Nesse projeto não foram só listados os problemas desse buraco, mas de todos os outros que surgiram com a enchente”, esclarece.
O projeto também foi feito pelas cidades que foram atingidas pelas chuvas no Planalto Norte de Santa Catarina. Para o município o valor não é tão alto, se comparado com os estragos. “É algo em torno de um milhão de reais”, antecipa Cabo Lírio, chefe da Defesa Civil em Porto União.
Segundo Lírio não adianta fazer nenhum trabalho paliativo no local, pois o estrago é grande. “Já cercamos o buraco. Dá para fazer um paliativo lá, mas, não vai durar muito tempo e, depois [com a liberação do dinheiro], vamos ter de desfazer tudo para começar o outro trabalho.” De acordo com o cabo ele já participou de diversos encontros com o prefeito, vice e secretários, mas, a decisão não depende só da Prefeitura. “A verba vem do Governo Federal”, enfatiza.
MESMA RUA
O Comércio acompanhou no mês passado outro problema na Landel de Moura. Na época um buraco de quase três metros se formou dentro do terreno de Marlene de Freitas. A explicação era a água da chuva que empossava e não tinha por onde escoar. A infiltração da água chegava a passar para a casa da vizinha, Mônica Bortolato.
Na época o secretário de Obras Ruy Brayer informou que o que estava contribuindo para aumentar ainda mais o buraco era uma infiltração na caixa de passagem de água fluvial. No local foi feito nova concretagem. Além dela mais quatro caixas apresentaram problemas no bairro e também foram concretadas.