REVITALIZAÇÃO: Um ano de BR-153

Progresso e cidade com cara de “gente grande”. Obra audaciosa completa neste mês seu primeiro aniversário

·
Atualizado há 9 anos

rodovia-br153-umano
(Foto: Arquivo).

Uma das maiores obras de revitalização – se não a maior – da região Sul do Paraná comemora neste finalzinho de mês seu primeiro aniversário. A entrega da revitalização da BR-153 – trecho até Palmas – demorou cerca de dois anos e meio para ser finalizada, mas, para ter início foram quase três décadas. A demora só encerrou lá em 2007 quando o então deputado federal Airton Roveda, que é da terrinha, deu início a sua trajetória de liberação de recursos e formulação de projeto junto aos engenheiros do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Sim, a iniciativa foi Federal, liderada pelo Dnit, mas fruto do trabalho incansável do ex-deputado federal.

Dois anos depois, o projeto foi apresentado na Câmara de Vereadores de União da Vitória. Na época, a obra estava orçada em pouco mais de R$ 200 milhões, só que até o final do processo, foram investidos R$ 260 milhões. Já em 2011, a ordem de serviço foi entregue pela então chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Na ocasião Gleisi e o ex Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, comemoraram o investimento. “Cada centavo que foi investido aqui valeu a pena”, disse. “É uma entrada que faz jus a importância da região”, completou.

Foram 75 quilômetros de revitalização. Nove trevos, mais nove desvios – correções de traçados – e recapeamento de toda a extensão. A mão de obra ficou por conta da empresa J Malucelli, que é da região. Pouco mais de 500 funcionários, entre contratados e terceirizados, trabalharam para que nada saísse do cronograma. “Obras desse tamanho só acontecem quando existe dedicação à projetos importantes”, disse Roveda durante a entrega simbólica da BR-153. “É uma obra que veio mudar a face da nossa região. É ambiciosa e ajuda no desenvolvimento, porque empresa nenhuma vem se não tem estrutura”, completou.

Uma das mudanças com maior impacto foi logo na entrada da cidade, no popular “Trevo do Mallon”. O cenário foi totalmente modificado para organizar o tráfego num esquema mais moderno com cara de cidade grande. Grandiosidade que levou muita gente a achar que as obras ficariam, apenas, no papel. “Disseram na época que se o projeto saísse uma vaca iria voar. A vaca está voando então, porque o projeto está aqui”, disse Roveda com bom humor à uma entrevista ao O Comércio.

O que mudou

Foram nove trevos revitalizados ao longo de 75 quilômetros. Na região de União da Vitória, a intervenção mais significativa alterou completamente o Trevo do Mallon. O local, logo após o portal, recebeu marginais e alças de retorno.

A revitalização alterou também a entrada para o Bairro Jardim Roseira. Por lá uma segunda trincheira foi colocada. O acesso ao município de Cruz Machado ficou mais distante do original e recebeu trincheiras para direcionar o trânsito. Já no acesso próximo da empresa GR Extração de Areia, a mudança envolveu a construção de duas marginais.

No conhecido trevo de Porto Vitória, a “interseção 6”, alterou o trevo. O local era um dos cenários mais perigosos da rodovia, o que virou prioridade aos olhos da equipe do Dnit. Ela altera o trevo de saída de União da Vitória e entrada à Porto Vitória. Complexa, a intervenção exigiu a criação de um elevado com duas trincheiras. Por cima dele, passam caminhões e veículos menores que tenham como meta seguir na BR-153 (a próxima cidade neste caminho é General Carneiro). O mecanismo parece complexo, mas não é: quem tem União da Vitória como destino e está na 153, vai passar embaixo da trincheira, acessando as marginais. Boa parte da extensão delas está pronta. Quem faz esta volta acessa a cidade através do bairro São Gabriel.

O mesmo percurso permite chegar à BR-280, já em Santa Catarina. Motoristas que tem como destino Porto Vitória vão precisar apenas seguir uma das marginais. O elevado, portanto, só é usado por quem segue na 153.