Telefones públicos em extinção em União da Vitória e Porto União

Está cada vez mais difícil encontrar um telefone público que funcione nas duas cidades, apesar dos constantes pedidos à empresa Oi pelas prefeituras

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Atualizado há 11 anos

Telefone 01
Bruna Kobus/Jornal O Comércio

O que era para ser uma oferta de conforto para os usuários da telefonia convencional, está virando artigo raro em União da Vitória e Porto União. Os telefones públicos, ou orelhões, como são conhecidos na região, sumiram do centro e dos bairros. Grande parte dos aparelhos que deveriam estar funcionando estão avariados pela ação dos vândalos.

De acordo com as estatísticas da Polícia Militar, União da Vitória conta apenas com 45 orelhões. No entanto o município já teve pelo menos o dobro de aparelhos, localizados nas vias centrais, nos bairros e no interior. Em Porto União, a PM informou que existem cerca de 25 telefones públicos funcionando. A situação é precária no interior. Em São Miguel da Serra, por exemplo, dos quatro aparelhos do perímetro urbano, apenas um estava funcionando em precárias condições.

Com o advento do telefone celular, a empresa permissionária, que explora a telefonia pública ou deixou de investir, ou esqueceu das cidades do interior. O motorista de ambulância Mario, diz que sai de sua cidade, e em União da Vitória precisa utilizar o telefone público para se comunicar com a Secretaria de Saúde, que não recebe chamada a cobrar . “Está difícil de achar um orelhão que funcione. Tenho os cartões, mas não tenho de onde ligar. Só depois de muita procura”, denunciou.

O que diz o Poder Público?

Telefone 02Não são raros os pedidos de instalação ou reparos em orelhões nas indicações e requerimentos dos vereadores. Todos os pedidos são enviados às prefeituras, que por sua vez repassam à operadora permissionária. Com exceção de reparos em linhas e troca de aparelhos danificados, nenhum novo telefone público foi instalado nos últimos meses nas cidades fronteiriças. Quem confirma a situação é o vereador de União da Vitório, Valdecir Ratko. “Estamos nos bairros, e a comunidade pede mais orelhões, só que nunca vi um novo sendo instalado.

Já o prefeito de Porto União, Anizio de Souza disse que protocolou pedidos nas audiências que teve na Anatel pedindo mais orelhões no centro, bairros e nas comunidades do interior. Até o encerramento desta edição nenhum novo aparelho havia sido instalado no município.

Vandalismo

Para piorar situação o vandalismo prejudica ainda mais quem precisa de um telefone público. Os que sofrem com mais frequência são os das praças, especialmente na Coronel Amazonas. O telefone da esquina das ruas Castro Alves com a Astolpho Macedo de Souza também sobre com a depredação. Os bairros Limeira, São Cristóvão e São Bernardo também registram muitos casos de vandalismo contra os orelhões.