TRAGÉDIA NA SERRA: Acidente na Serra Dona Francisca completa 3 anos

Tragédia ainda é considerada a maior de Santa Catarina

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Atualizado há 6 anos

Destroços ficaram no posto de Campo Alegre até pouco tempo: imagem serviu de alerta
Destroços ficaram no posto de Campo Alegre até pouco tempo: imagem serviu de alerta

Foi no dia 14 de março de 2015, que o Vale do Iguaçu viveu um dos dias mais tristes de sua história. No final daquele sábado, 51 pessoas, incluindo crianças, morreram no maior acidente automobilístico de Santa Catarina – o quarto do País. O acidente foi há três anos e apenas aos poucos vai perdendo a intensidade de sua dor.

Desde o começo da semana, familiares das vítimas publicaram lembranças, notas carregadas de afeto e de tristeza, especialmente. O tempo vai passando e a saudade também. Oito pessoas, incluindo uma criança, sobreviveram à tragédia. Procuradas pela reportagem em algumas ocasiões, elas preferem não se manifestar sobre o assunto: vão vivendo, recriando sua história.

Relembre o acidente

Por volta das 17h30 do dia 14 de março, o motorista do ônibus de turismo, dono da empresa Costa & Mar, Cérgio Antônio da Costa, de União da Vitória, teria perdido o controle do veículo na SC 418, na segunda curva à esquerda (antes de uma série de casas e estabelecimentos comerciais) na Serra Dona Francisca, no trecho pertencente à cidade de Campo Alegre.

Com o efeito, o ônibus que levava os passageiros para um evento umbandista em Guaratuba, no litoral paranaense, caiu de uma altura de 120 metros, aproximadamente. O socorro teve dificuldades em alcançar o local. Por conta da mata, foi preciso acessar os destroços a partir dos imóveis vizinhos. A estrada Dona Francisca precisou ser interditada. Vinte e nove viaturas – da frota, 27 eram ambulâncias – foram usadas no resgate às vítimas. O cenário, quieto, denunciava o pior: a maioria das vítimas estava morta.

Até o momento não há punidos pelo ocorrido. O processo criminal do acidente foi arquivado pela justiça em 2015.

Impacto

Os destroços do ônibus, que ficou no posto da Polícia Rodoviária de Campo Alegre (SC) – último posto antes da descida da serra – por vários meses, serviu de lição. Como apurou O Comércio na época, os condutores de carros com passageiros, desde veículos até ônibus, mostravam mais consciência, tanto na manutenção da documentação em dia, bem como quanto ao uso de toda a segurança possível. Além disso, os “restos mortais” do ônibus anunciam os riscos e os efeitos da falta de cuidado.

A empresa

A reportagem tentou encontrar os responsáveis pela empresa Costa & Mar, mas não teve sucesso. Na verdade, o telefone não está disponível na internet. Pela rede social, foi tentando também contato com a esposa de Cérgio. Até o final da edição, sem sucesso.