União da Vitória luta pela ampliação do Aeroporto José Cleto

Critério do PIB deixaria União da Vitória e Bandeirantes fora do Programa

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Atualizado há 9 anos

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Aeroporto José Cleto espera por melhorias desde a sua construção. (Foto: Arquivo).

O prefeito Pedro Ivo Ilkiv (PT) disse que ainda é possível colocar União da Vitória dentro do programa de ampliação dos aeroportos regionais, proposto pelo Governo Federal. A aguardada reforma que permitiria a volta dos vôos comerciais esbarrou em um detalhe importante para o Governo Federal: ter PIB superior a R$ 1 bilhão. Essa é a condição para um município, como União da Vitória, receber recursos para ampliação e construção de novos terminais.

O PIB de União da Vitória em 2012 ficou em R$ 719 milhões, conforme a última atualização do Ipardes/IBGE. A perspectiva, anunciada pelo Governo Federal, antes de exigir PIB de R$ 1 bilhão, era de organizar todo o sistema, desde ampliar, modernizar e sinalizar a pista, até auxiliar na construção de terminal de passageiros e disponibilizar linhas aéreas que permitam o trânsito de passageiros em União da Vitória.

O prefeito disse que corre para fechar um consórcio com Porto União para garantir os recursos e viabilizar o transporte aéreo de passageiros em escala comercial. Segundo a Secretaria de Política Regulatória de Aviação Civil, o Estado que tem município selecionado pelo programa com PIB municipal abaixo de R$ 1 bilhão, pode trilhar outros caminhos, criar alternativas de gestão, parcerias público privadas, ou até mesmo deixar a administração a cargo da União.

Baseado na orientação da secretaria de Política Regulatória, União da Vitória busca com o prefeito de Porto União, Anízio de Souza, a criação de um Consórcio Intermunicipal para garantir os investimentos. Para fechar a conta de R$ 1 bilhão exigido pelo Programa, além dos R$ 719 milhões do PIB de União da Vitória, outros R$ 345 milhões do PIB de Porto União seriam computados. O PIB do consórcio atingiria, portanto, R$ 1,09 bilhão”.

Um lugar ao sol

A demanda por vôos no Paraná deve dobrar em até 15 anos, prevê o governo do estado em documento que analisa o sistema aeroportuário paranaense. A estimativa mostra que o número de passageiros transportados hoje, em torno de 12 milhões, deve chegar a cerca de 23 milhões em 2030. Apesar de ter PIB inferior, a proximidade com Porto União, Canoinhas, em Santa Catarina, e mais os municípios da Amsulpar, pode viabilizar o principal: os passageiros dispostos a ir, por exemplo, para Curitiba, São Paulo e Florianópolis por meio de conexão com outros aeroportos regionais.