Alex Canziani realiza ato solene em comemoração ao Movimento Todos pela Educação

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Atualizado há 8 anos

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(Foto: Júlio Andrade).

O presidente da Frente Parlamentar Mista da Educação, deputado federal Alex Canziani (PTB-PR), realizou, nesta quarta-feira, 21, sessão solene em comemoração aos 10 anos do Movimento Todos pela Educação, criado para garantir o direito de crianças e jovens a uma educação básica de qualidade. A cerimônia reuniu pesquisadores, movimentos sociais, professores, estudantes, parlamentares e vários setores da sociedade civil.

Canziani, que é quarto secretário da Mesa Diretora da Câmara e também preside a Frente Parlamentar da Mídia Regional, destacou a importância do envolvimento de organizações da sociedade civil para atingir a excelência que todos sonham para educação.

“Não há dúvida de que o avanço necessário se torna mais célere quando se estabelece parceria entre a sociedade civil e o poder público, que detém meios, vontade política e perseverança para implantar as políticas educacionais. Destaco como grande exemplo o movimento Todos pela Educação, cujo 10º aniversário se comemora nesta sessão solene”, destacou o parlamentar.

A solenidade foi proposta também pelos deputados Arnaldo Faria De Sá (PTB-SP), Bacelar (PTN-BA) e Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO) para comemorar os 10 anos de criação do Todos pela Educação

Movimento Todos Pela Educação

Para a presidente-executiva do movimento Todos pela Educação, Priscila Cruz, é preciso garantir que os investimentos cheguem ao aluno na sala de aula. Ela assinalou que um dos maiores erros históricos do Brasil foi ainda não ter colocado a educação como pilar central do projeto de desenvolvimento.

“O que precisamos é mudar o destino do Brasil, para que a gente tenha menos violência, menos desigualdade, menos crises sucessivas, mais saúde e mais produtividade. Só com educação se vai construir esse Brasil que todos querem”, disse ela.

Presente à solenidade, o ministro da Educação, Mendonça Filho, comentou alguns avanços no setor, como a ampliação do acesso à educação no nível fundamental, mas reconheceu que ainda há inúmeras deficiências que comprometem o futuro dos jovens brasileiros, sobretudo os de escolas públicas.

“Essa missão tem que ser dividida entre todos. O próprio nome Todos pela Educação traduz um chamamento à sociedade brasileira. Temos que fazer com que a prioridade para educação não se dê apenas a partir da visão do governo, a população como um todo tem responsabilidade”, disse o ministro.

O ministro referiu-se especificamente aos últimos resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), os quais mostram, por exemplo que o ensino de matemática no ensino médio obteve o pior resultado desde 2005. Mendonça Filho, porém, não quis adiantar detalhes da Medida Provisória que seria enviada ao Congresso com mudanças no ensino médio.

Por meio de discurso lido em Plenário, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, também se mostrou preocupado com os números do Ideb, mas destacou o papel de entidades da sociedade civil. “É fundamental podermos contar com movimentos como o Todos Pela Educação para que o Estado cumpra com mais eficiência o seu papel”, disse.

Educação pode mudar vidas 

Com um testemunho, a estudante Tábata Amaral mostrou que a educação pode mudar vidas. Filha de dona de casa, a jovem da periferia de São Paulo concluiu ensino médio com bolsa de estudos e acabou aceita para estudar astrofísica e ciências sociais em Harvard e em outras cinco universidades americanas. “Nosso País é muito injusto e desigual e o que alimenta isso é o nosso sistema educacional. Mas a única solução é a educação. É só olhar para o meu exemplo”, disse Tábata, que futuramente quer entrar para a política.

Ela ainda contou que seu irmão, que estudou a vida toda em escola pública, não conseguiu ir para uma faculdade porque não tinha nem aula de química. “Tive que convencê-lo a fazer um cursinho para ele tentar uma faculdade. Ele queria parar de estudar para trabalhar.”