Legislativo quer intérprete de Libras durante reuniões

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Atualizado há 9 anos

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“Câmara quer a inserção social da comunidade dos surdos de União da Vitória”. (Foto: Surdos.org).

Buscando a inserção social a comunidade de surdos de União da Vitória, o presidente da Câmara de Vereadores, Ziliotto Daldin, determinou ao diretor geral da casa, Marco Antônio de Lima, que providencie um professor da Lingua Brasileira de Sinais (Libras) para repassar o conteúdo das reuniões ao vivo, em plenário e também pela internet, por onde as reuniões são disponibilizadas. Daldin disse que é preciso democratizar o trabalho dos vereadores. “Os surdos têm sua língua de sinais e isso vai permitir que eles tenham acesso ao trabalho dos vereadores que ajudaram a eleger. Isso é inserção social”, defendeu o presidente.

O próximo passo é viabilizar um professor (ou professora) de Libras. Como não se usam mais legendas para transmissões como essas, a participação de um profissional da área é fundamental. A intenção do presidente é iniciar o período legislativo com as reuniões em plenário, com  um intérprete de Libras que estará na sala e também no canto inferior direito do vídeo que transmite as reuniões ao vivo pela TV Câmara, no legislativo de União da Vitória.

Comunicação gestual

A Libras é a língua de sinais (língua gestual) usada pela maioria dos surdos dos centros urbanos brasileiros e reconhecida por Lei. É derivada tanto de uma língua de sinais autóctone, que é natural da região ou do território em que habita, quanto da língua gestual francesa; por isso, é semelhante a outras línguas de sinais da Europa e da América. A Libras não é a simples gestualização da língua portuguesa, e sim uma língua à parte, como o comprova o fato de que em Portugal usa-se uma língua de sinais diferente, a língua gestual portuguesa (LGP).

Estão garantidas no Brasil, por parte do Poder Público em geral e empresas concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da língua brasileira de sinais como meio de comunicação objetiva e de utilização corrente das comunidades surdas do Brasil. De acordo com as normas legais em vigor no País, as instituições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos de assistência à saúde devem garantir atendimento e tratamento adequado aos portadores de deficiência auditiva.