Parlamentares tem por regra faltar ao trabalho em plenário

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Atualizado há 8 anos

Passeata Movimento dos Sem Terra foto: Fernanda DiCastro 11-08-2009Conhecidos por suas mordomias e gordos proventos, os deputados federais, ou pelo menos 96% não são assíduos frequentadores do plenário da casa. Como 2015 foi o primeiro ano da nova legislatura, os nova dos foram os que mais marcaram presença nas sessões deliberativas. Os outros 96%, na maioria velhos conhecidos da Câmara, foram os que mais faltaram. Na Câmara dos deputados, são 513 deputados. Dos 19 deputados que participaram doas 125 sessões em plenário, onze são deputados de primeiro mandato. O resultado já se mostrava desastroso em Julho, quando somente 8% dos deputados compareceram a todas as sessões plenárias.

Somente três deputados reeleitos não tiveram nenhuma falta no mandato anterior,que terminou em 2014: Manato (SD-ES), Tiririca (PR-SP) e Lincoln Portela (PR-MG). Manato que se reelegeu para o quarto mandato marcou presença em todos os dias no plenário de 2004 a 2014. Ele só faltou a uma sessão foi em setembro de 2005, quando seu pai faleceu. Dos 19 “Caxias”, somente um deputado do Paraná registrou a presença todos os dias: Hermes Parcianello (PMDB-PR), o Frangão. De Santa Catarina, não apareceu nenhum parlamentar com título de assíduo. O deputado federal Valdir Rossoni, representante da região sul do Paraná, teve frequencia considerada dentro da média. Das 125 sessões em plenário, Rossoni esteve em 85 (68%). O deputado teve 38 ausências justificadas (30,4%) e duas ausências não justificadas (1,6%). O recesso parlamentar no Congresso nacional termina dia 02 de fevereiro, na mesma semana que começa o carnaval. Sessões em plenário nas duas casas, mesmo, só a partir do dia 19.

Os faltosos do senado

As contas do Senado ainda não estão fechadas, mas os senadores mais assíduos no primeiro semestre de 2015, foram Delcídio do Amaral (PT-MS), Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Reguffe (PDT-DF), Romário (PSB-RJ) e Waldemir Moka (PMDB-MS) compareceram a todas as sessões do Senado. Delcídio foi lieder de presença no senado até ser preso dia 25 de novembro, acusado pelo STF de obstruir as investigações da operação Lava Jato. Um pouco antes parou de ir para o senado para fugir das cobranças e dos repórteres de plantão. Ainda com dados referentes ao primeiro semestre de 2015, os 10 senadores mais ausentes foram: 1. José Maranhão (PMDB-PB), 2. Magno Malta (PR-ES), 3. Roberto Rocha (PSB-MA), 4. Ricardo Ferraço (PMDB-ES), 5. Sérgio Petecão (PMN-AC), 6. Paulo Bauer (PSDB-SC), 7. Douglas Cintra (PTB-PE), 8. Ivo Cassol (PP-RO), 9. Zeze Perrella (PDT-MG), 10. Gladson Cameli (PP-AC)

Muitas faltas mais benefícios ainda

Se não são conhecidos pela assiduidade, os deputados e senadores são mais conhecidos pelas verbas, benefícios e mimos, criados por eles mesmos. Aliás os parlamentares das duas casas aprovaram no finalzinho de 2016, o reajuste salarial para este ano. Ao acrescentar o acumulado do IPCA dos últimos quatro anos aos vencimentos atuais, eles verão os contracheques saltam dos atuais R$ 26,7 mil para R$ 33,7 mil. Desta forma, também vai aumentar os gastos de cada parlamentar, custeado pelos cofres públicos da União. A partir de 1º de fevereiro, quando o novo subsídio dos deputados federais passa valer, cada parlamentar vai custar mensalmente R$ 1.792.164,24 aos cofres públicos, em média. O valor é dos 13 salários anuais, a média de gastos da ajuda de custo, do cotão, do auxílio-moradia e dos gastos com verba de gabinete. Confira abaixo a tabela de benefícios a partir de 1º de fevereiro:

beneficiosXfinalFotos: Divulgalção EBC

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