Rossoni diz que PSDB deve apoiar Temer em algumas medidas, mas sem cargos

·
Atualizado há 8 anos

valdir_Rossoni121006
(Foto: Reprodução).

Valdir Rossoni, chefe da Casa Civil do Paraná, entende que o PSDB deve apoiar Michel Temer caso ele assuma a presidência da República, mas sem participar do governo com cargos.

“No meu entendimento, o PSDB deve apoiar (Temer), mas se for montado um ministério voltado para os interesses da população, de alto nível, com gente de moral ilibada. Nesse caso, eu defendo nosso partido fechar questão em algumas reformas, mesmo impopulares. Assim, nós podemos ajudá-los, mas defendo que não devemos aceitar cargos.”

Segundo Rossoni, o PSDB deve se manter na oposição porque teve Aécio Neves como candidato a presidente da República e ele recebeu 51 milhões de votos, “só perdendo a eleição porque a roubalheira que tomou conta do Brasil financiou uma campanha de mentiras da candidata à reeleição”.

“As provas estão aí. Tanto que a metade dos companheiros que participaram do governo está na cadeia”, disse o secretário. “Quem avalizou a reeleição da presidente Dilma foi o PMDB e este deve arcar com o custo político disso. Porque se eles governaram cinco anos com a Dilma, e agora eles mudaram de posição, têm de saber que vão assumir um país falido, numa situação extremamente delicada. E que cabe a eles consertar o estrago”.

“Como cidadão e como empresário, torço para que o País retome o rumo do crescimento”, destacou Rossoni. Para ele, o Brasil vive hoje uma situação caótica com o fechamento de empresas, desemprego e inflação em alta. “Tudo isso é uma situação que pode vir a se agravar porque o processo do impeachment ainda não está resolvido”.

Rito

O vice-presidente Michel Temer (PMDB) assumirá a presidência da República se o Senado acatar o processo de impeachment que foi aprovado na Câmara Federal no último domingo. Com isso haverá o afastamento da presidente Dilma por 180 dias, período em que corre o processo até o julgamento pelo plenário da Casa. O rito será comandado pelo ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal.