AEDES AEGYPTI: Capacitação marca mais um passo no combate a proliferação

Manejo de bombas de larvicida e inseticida são usadas em “zona de manutenção” após encontrado foco

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Atualizado há 8 anos

Na manhã dessa terça-feira, 16, funcionários que compõem a 6ª Regional de Saúde de União da Vitória participaram do início de uma capacitação. A ideia, conforme o chefe da regional, Henrique César Guzzoni, é auxiliar e dar ainda mais suporte para quem trabalha nas visitações em residências fazendo a conscientização e a coleta de larvas.

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Treinamento segue até o final desta semana. Trabalhos com bombas de larvicida e inseticida poderão ser utilizadas em áreas de manutenção. (Fotos: Ricardo Silveira).

O trabalho para conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti está há meses tomando boa parte das ações do setor de Saúde. Com a capacitação de ontem, um novo passo pode ser dado na campanha. “Eles aprendem a fazer o manejo das bombas que eles vão eventualmente usar na aplicação de larvicida ou inseticida”, comentou Guzzoni. “Porque o “fumacê” mata tudo, mata borboleta, passarinho e não é muito conveniente, o que vale agora é continuar treinando técnicos cada vez mais prontos para a manutenção”, comentou.

A utilização dessas bombas só é necessária quando há a suspeita ou confirmação da presença da larva ou mosquito em um determinado terreno. Após a identificação, num raio de quase 300 metros é feita a vistoria e acompanhamento para avaliar se há a presença do mosquito. A bomba de larvicida ou inseticida é usada para a manutenção desse espaço. “Precisamos continuar trabalhando e fazer a limpeza pública nas casas”, comenta o chefe da Regional. Conforme ele não é apenas o trabalho do Poder Público que irá sanar os problemas de larvas e focos encontrados pelas cidades. A intenção é que toda a comunidade esteja envolvida na campanha. “O pessoal tem de tomar cuidado com terrenos sem roçar, em muito lugar ainda tem lixo em nossas casas, e precisamos ficar em alerta, cada habitante na sua casa, na sua vizinhança”, afirma.

A capacitação da 6ª Regional segue até o final desta semana. Logo depois os técnicos já podem realizar a aplicação do produto.

Especulações

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Desde a semana passada até esta segunda-feira, 15, outros dez focos do mosquito Aedes aegypti foram encontrados, totalizando 28 focos espalhados pela cidade. Para Alan Müller, da Vigilância Sanitária e Epidemiologia de União da Vitória, esses focos servem de alarme para a população.

Os registros foram feitos numa região chamada “raio de focos” que compreende os bairros Rocio, São Bernardo e São Basílio Magno. Conforme Müller todos foram eliminados tanto na forma manual quanto com a aplicação de um larvicida. “A partir do momento em que a gente identifica a larva a gente faz um novo trabalho a 300 metros para acompanhar e verificar outros criadouros do mosquito ou a presença da espécie naquele local”, explica o enfermeiro.

Com a notícia de mais focos espalhados pela cidade as especulações pouco demoraram para surgir. No lado de Porto União, por exemplo, não se confirma a suspeita de um paciente internado com chikungunya. Por lá, segundo o secretário de Saúde, Rogério Stasiak, houve uma suspeita de dengue em outubro passado. O caso seria de um senhor que havia voltado de viagem da Bahia e apresentou sintomas que pareciam ser dengue, contudo, os resultados deram negativo para o vírus e o caso foi descartado.

Em União da Vitória, conforme a Vigilância Sanitária havia três suspeitas de dengue. Duas foram descartadas e uma terceira permanece. São necessários os resultados dos exames para afirmar ou não o diagnóstico, e eles podem chegar em 30 dias. Até lá a paciente recebe tratamento no Hospital Maternidade. Vale ressaltar que a paciente em questão viajou de férias para o litoral catarinense e passou por praias consideradas críticas, com alto índice de registros de dengue. A Vigilância acredita que o caso, se confirmado, não será autóctone, quando o paciente é infectado no município onde mora, e sim, importado.