Confirmado primeiro caso de reação à vacina da febre amarela em SC

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Atualizado há 6 anos

Foi confirmado nesta quarta-feira o primeiro caso de reação à vacina contra febre amarela em Santa Catarina. A criança, que foi imunizada em Santo Amaro da Imperatriz, chegou a ser internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas teve alta. Os dados foram divulgados pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de SC (Dive-SC).

O menino de 10 meses foi vacinado em 25 de janeiro no município da Grande Florianópolis. Após 13 dias, começaram os sintomas, como febre, evoluindo para vômitos. Ele foi atendido em 16 de fevereiro na emergência do Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, permanecendo na UTI por dois dias. Com a melhora do quadro clínico, o paciente foi transferido para o quarto. Ele recebeu alta em 21 de fevereiro e está curado. O caso foi classificado como evento adverso pós-vacinação depois de confirmação laboratorial.

Segundo a gerente de imunização da Dive/SC, Vanessa Vieira da Silva, se a pessoa tem algum tipo de sintoma até 30 dias depois da vacinação serão feitos exames para ver se é um evento adverso.  A dose é feita a partir do vírus vivo atenuado, que estimula a produção de anticorpos contra a doença, e a ocorrência de eventos adversos é rara.  Por ser uma injeção, uma dor local ou endurecimento da área são considerados normais, mas o que preocupa é quando aparecem sintomas mais graves, como fraqueza e febre, por exemplo. Nestes casos, o paciente precisa procurar imediatamente uma unidade de saúde.

Até o dia 5 de março, foram aplicadas 63.491 doses da vacina contra a febre amarela em SC. Nesse período, foram notificados oito casos suspeitos de reação à vacinação, destes, seis foram descartados e um segue em investigação.

A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai, reforça que a vacina é bastante segura e que causa pouca rejeição. Mas uma a cada 500 mil ou 1 milhão de doses aplicadas pode desenvolver um evento adverso grave, que costuma ser mais incidente em pessoas acima de 60 anos.